Recentemente, o Goldman Sachs revisou suas recomendações em relação a algumas das principais instituições financeiras brasileiras, com impactos significativos nas ações de Bradesco (BBDC4) e Santander Brasil (SANB11). Em um contexto onde o Bradesco continua lutando para se recuperar e suas ações estão sendo negociadas perto das mínimas históricas, o Goldman cortou sua recomendação de “neutro” para “venda”, estabelecendo um preço-alvo de R$ 11,40.

Esse movimento reflete a preocupação do banco americano com a aceleração lenta na recuperação da lucratividade do Bradesco, um sinal de que a instituição pode enfrentar desafios estruturais que manterão o retorno sobre patrimônio líquido (ROE) abaixo do custo de capital próprio (COE) por pelo menos mais dois anos. A análise do Goldman aponta que o ambiente macroeconômico brasileiro, marcado por inflação alta, aumento da taxa de juros e um crescimento mais fraco do PIB, poderá dificultar ainda mais esta recuperação. Para ilustrar, o Goldman afirma que um banco precisa ampliar sua carteira de crédito para melhorar a lucratividade, mas atualmente opera com um índice de capital abaixo da média, o que torna a situação ainda mais complexa.

Em contraste, o Santander Brasil viu sua recomendação ser elevada de “venda” para “neutro”, com um preço-alvo de R$ 28. O banco europeu reconhece que o Santander conseguiu manter seu ROE acima do custo de capital próprio por três trimestres consecutivos, destacando um desempenho financeiro resiliente e uma maior exposição ao financiamento de veículos, o que sugere uma abordagem cautelosa na concessão de crédito.

Visão Geral do Setor

Enquanto isso, o Itaú Unibanco (ITUB4) manteve uma recomendação de compra, com perspectivas de crescimento sólido em sua carteira de crédito, esperando que aumente em 8% em 2025. A análise do Goldman na área de bancos é, portanto, uma tentativa de dar aos investidores uma abordagem mais matizada no que diz respeito à saúde financeira e às potenciais recompensas de cada um desses players.

Em resumo, por um lado temos o Bradesco enfrentando dificuldades e com uma recomendação negativa, enquanto o Santander e o Itaú demonstram resiliência em um mercado desafiador. A luta por participação de mercado, especialmente entre bancos que visam clientes de alta renda, intensifica as dinâmicas competitivas no setor. À medida que o cenário econômico evolui, as decisões de investimento devem ser fundamentadas em análises como essas, pois a estratégia de diversificação de portfólio se torna essencial.

Para investidores que buscam acompanhar essas mudanças e identificar oportunidades, o Clube Acionista pode ser uma excelente plataforma. Com recomendações baseadas em análises de instituições financeiras e grupos de especialistas, você terá acesso a listas filtradas e dados atualizados sobre ações, FIIs, small caps, ETFs e muito mais, maximizando suas chances de sucesso no universo da renda variável.

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