A empresa realizou uma reunião com analistas para discutir o resultado do 1T20. O tom da reunião foi positivo, com a diretoria confiante em redução de custos e melhoria de produtividade no restante do ano, podendo inclusive, voltar a pagar dividendos assim que os riscos desta crise puderem ser melhor mensurados.

Os números da Vale no 1T20 mostraram redução de receita e rentabilidade operacional, mas a ausência de grandes perdas não recorrentes, permitiu um resultado positivo. Este lucro foi muito impactado pelo grande aumento dos custos financeiros, dado pela desvalorização do real. A Vale obteve no 1T20 um lucro líquido de US$ 239 milhões, contra resultados negativos de US$ 1.562 milhões no trimestre anterior e US$ 1.642 milhões no 1T19.

Os principais pontos discutidos foram os seguintes:

• Junto com o resultado, a Vale também divulgou algumas projeções acerca do negócio de minério de ferro, como: reduzir em frete em US$ 3 por tonelada (foi US$ 17,3/t no 1T20), diminuir o custo caixa C1 para abaixo de US$ 14/t no segundo semestre do ano (US$ 16,2/t no 1T20). Além disso, a empresa pretende investir US$ 4,6 bilhões em 2020, valor que foi de US$ 3,7 bilhões em 2019;

• O custo “C1” de produção do minério de ferro (caixa sem royalties) não cai no 2T20, devido a custos que estão sendo incorridos, como: auxílios a funcionários, despesas com a Covid-29, custo alto de novos projetos e manutenção no S11D;

• Frete: Redução de custos já ocorre no 2T20, derivada da queda nos preços do petróleo;

• A geração de caixa operacional deve crescer nos próximos trimestres, superando o EBITDA (ficou abaixo no 1T20);

• O impacto total estimado da Covid-49 nos resultados é de US$ 500 milhões, contemplando aumentos de custos, redução no ritmo de projetos e a ajuda humanitária (US$ 100 milhões) que a empresa está realizando;

• A Vale já tem condições financeiras de retornar ao pagamento de dividendos e o fará assim que os riscos da crise atual puderem ser melhor dimensionados.

Em 2020, VALE3 caiu 12,3%, bem menos que o Ibovespa, cuja desvalorização no período foi de 28,1%. A cotação de VALE3 no último pregão (R$ 46,73) estava 18,5% abaixo da máxima alcançada neste ano e 44,0% acima da mínima.

GUIDE INVESTIMENTOS: VALE (VALE3) pretende dobrar remuneração da diretoria

A Vale pretende dobrar a remuneração da sua diretoria executiva em 2020, retornando para o mesmo patamar de 2018.

Dessa forma, o orçamento previsto para esse fim ficaria em R$ 170,3 milhões vs. R$ 85,4 milhões em 2019.

A companhia justifica que há um aumento esperado do número de diretores, com previsão de bônus de contratação. Além disso, a remuneração variável irá incluir uma fatia do montante suspenso de 2019.

Impacto: Neutro. Por mais que possa parecer, em um primeiro momento, que a companhia esteja elevando demasiadamente os salários da diretoria, percebe-se posteriormente que a Vale está apenas retornando à normalidade sua estrutura corporativa, como ocorria antes da tragédia de Brumadinho.

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