O enfrentamento à da pandemia do coronavírus ainda produz efeitos na maioria das commodities mundo afora, bem como nos produtos da sociobiodiversidade. A retomada da economia em diversos países tem aumentado a demanda de alguns produtos. Porém a oferta nem sempre acompanha esta elevação. É o caso da andiroba e piaçava, como revela o Boletim da Sociobiodiversidade divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Apenas no Amazonas, o preço de comercialização da andiroba registrou elevação de 75% se compararmos julho deste ano com o mesmo mês de 2020. 

“A época de coleta do produto finalizou no último mês e apresentou desempenho inferior à do ano anterior, o que aliada a um aumento da demanda pela semente e queda na oferta, resultou em uma movimentação altista dos preços”, destaca o analista da Conab, Humberto Pennacchio.

Situação similar é percebida com a piaçava. Na Bahia, o quilo da fibra pago ao produtor extrativista esteve 73% acima do índice de julho de 2020 – chegando a R$ 1,73 no início do segundo semestre de 2021. Apesar da alta na variação anual, no comparativo entre junho e julho deste ano, o preço no mercado baiano apresentou decréscimo de 2,89%, desempenho típico das oscilações características do mercado. No Amazonas o cenário de alta nas cotações se repete, quando comparadas com o ano anterior, o que demonstra uma recuperação do mercado no período.

Para a borracha natural o mercado se apresenta de forma mais incerta. Os bloqueios comerciais colocados em prática, sejam eles totais ou parciais, têm contribuído para este cenário na produção e consequente na comercialização do produto, provocada principalmente pela paralisação da indústria automobilística durante certos períodos, principal consumidor da matéria prima. Com isso, os preços recebidos pelo produtor permaneceram estáveis em quase todos os estados, exceto em Mato Grosso e Rondônia, locais em que os valores sofreram forte alta, 66% e 16,16% respectivamente.

A publicação produzida pela Conab ainda traz um artigo sobre a financeirização do açaí e possibilidade do fruto ser comercializado em Bolsas de Valores. O documento também trata, entre outros assuntos, do mercado da produção, exportação e subvenções pagas pelo governo federal aos que vivem da coleta dos produtos que constam da pauta da Política de Garantia de Preços Mínimos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio). Desde o início das operações, ocorridas de 2009 a 2020, a PGPM-Bio pagou subvenções de mais de R$ 95 milhões para milhares de extrativistas em todo o país.

Clique aqui e leia a íntegra do Boletim.

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