Os produtos globais de investimento em criptomoedas também são atingidos por tensão no mercado financeiro, incluindo os geridos por grandes gestoras de ativos como Ark Invest, Bitwise, BlackRock, Fidelity, Grayscale, ProShares e 21Shares, enfrentam saídas líquidas na última semana. De acordo com o relatório semanal da CoinShares, as retiradas totalizaram US$ 528 milhões.  

Essa é a primeira vez no período de um mês que os produtos registram saídas. Essa desvalorização foi “uma reação aos temores de uma recessão nos EUA, preocupações geopolíticas e consequentes liquidações de mercado mais amplas na maioria das classes de ativos”, segundo o chefe de pesquisa da CoinShares, James Butterfill.  

A correção nos preços registrada na última sexta-feira (2) resultou em uma perda de US$ 10 bilhões no total de Ativos sob Gestão (AUM) de Produtos Negociados em Bolsa (ETP).  

O Bitcoin (BTC) foi o maior responsável por essas retiradas. Os produtos baseados em BTC sofreram uma saída de US$ 400 milhões após cinco semanas consecutivas de entradas líquidas.  

Os produtos de Bitcoin negociados em bolsa nos Estados Unidos contribuíram com US$ 80,6 milhões para o total das saídas globais. A maior parte dessa quantia, cerca de US$ 237,4 milhões, foi retirada na sexta-feira, superando as entradas positivas do início da semana. 

Além disso, os fundos Short Bitcoin, que apostam contra o preço do Bitcoin, registraram suas primeiras entradas líquidas significativas desde junho, adicionando US$ 1,8 milhão. 

O Ethereum (ETH) também foi atingido, com saídas líquidas de US$ 146 milhões na última semana em todo o mundo. Esse número foi amplamente influenciado por US$ 169,4 milhões em saídas líquidas de ETFs Ethereum à vista nos Estados Unidos.  

No entanto, as novas entradas líquidas em ETFs ETH, que totalizaram US$ 433,6 milhões, foram pequenas em comparação saídas de US$ 603 milhões do fundo Grayscale ETHE.  

Regionalmente, os fundos de criptomoedas nos EUA sofreram as maiores saídas, com um total de US$ 531 milhões sendo retirados. Da mesma forma, Hong Kong e Alemanha registraram saídas líquidas de US$ 27 milhões e US$ 11,6 milhões, respectivamente. O Brasil, por sua vez, aportou U US$ 27,8 milhões em criptomoedas nesse período.  

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