⚖ Temporada de balanços (1T21): empresas do Ibovespa
• No geral, os resultados surpreenderam as estimativas do mercado. Dentre as ações que contemplam a carteira teórica do Ibovespa e que continham dados sobre a expectativa dos resultados pelo terminal da Bloomberg, 67% apresentaram resultados acima ou em linha com esperado e 33% apresentaram resultados abaixo do esperado;
• No 1T21, os lucros das empresas do Ibovespa recuaram -48% em relação ao 4T20, porém, quando comparado ao 1T20 (início da pandemia da covid-19) houve um crescimento acima de 200%. Segundo informações compiladas pela Bloomberg os analistas estimam um crescimento de +196% nos lucros das empresas para 2021;
• Das reações do mercado à divulgação dos resultados, as ações da Yduqs (YDUQ3), do setor educacional, foram as que mais surpreenderam os investidores, com uma alta de +9,67% em 13 de maio. Também reagiram positivamente as ações da Ambev (ABEV3) +8,88% em 6 de maio e as Units do Santander (SANB11) +8,06% em 28 de abril. Por outro lado, as piores reações pós-divulgação de balanço ficaram com o Banco Inter (BIDI11) -7,76%, Marfrig (MRFG3) -7,72% em 12 de maio e Ultrapar (UGPA3) -6,84% em 6 de maio;
• Cielo (CIEL3) -3,29% e IRB Brasil (IRBR3) -5,08% mesmo com números que surpreenderam o mercado, apresentaram desempenhos ruins pela baixa qualidade dos dados. Dentre as empresas que divulgaram números acima do esperado, 63% reagiram positivamente, com retorno médio do pós-balanço de +3,06%. Dentre as empresas com números abaixo do esperado, 55% reagiram negativamente com retorno médio de -3,57%.
💰 De olho na economia
Mercados reagem negativamente aos sinais do Federal Reserve
A Ata da reunião do Comitê de Política Monetária do Federal Reserve, o Banco Central americano, sinalizou pela primeira vez que os diretores da autoridade monetária pretendem iniciar a discussão sobre a redução de compra de ativos financeiros em breve. É o primeiro sinal de que começam a se preocupar com os possíveis efeitos negativos do excesso de liquidez.
A reação dos preços dos ativos financeiros foi imediata. Nos Estados Unidos, os juros futuros aumentaram, as bolsas aprofundaram as quedas e o Dólar se fortaleceu frente a outras moedas. No Brasil, o Real desvalorizou mais de 1%, as ações caíram e os juros aumentaram. São os investidores reagindo aos primeiros sinais de que o cenário de excesso de liquidez pode estar perto do fim.
🚝 Expresso Bolsa
Resumo do dia: Política monetária americana influencia queda
Após quatro dias consecutivos de alta, a bolsa brasileira encerra sua primeira sessão em queda. Influenciado por uma possível mudança na política monetária americana, o índice operou a maior parte do dia com fortes perdas. A boa notícia, é que grande parte dessa queda foi recuperada no fim do pregão e o IBOV fechou com o leve desempenho negativo de 0,28%.
🌎 Internacional e BDRs
Target (TGTB34): Nova máxima!
• A Target ganhou US$ 3,69 por ação no primeiro trimestre, bem acima da estimativa do mercado de US$ 2,25 por ação. A receita também ficou acima das projeções dos analistas e as vendas em lojas comparáveis aumentaram 22,9%, mais que o dobro da previsão do mercado. No entanto, a empresa vê um crescimento modesto para o resto do ano;
• Ontem, suas ações disparam mais de 6%, registrando uma nova máxima histórica. No ano, o papel apresenta alta de 23%.
📊 O que mais aconteceu no mercado
• Congresso aprova privatização da Eletrobras (ELET3): Maior parte dos “jabutis” foram excluídos do texto, como a obrigação de contratação de usinas termoelétricas ou pequenas centrais hidroelétricas – que invariavelmente atrasariam o cronograma da privatização da empresa. Proposta segue agora para aprovação do senado;
• Novo reajuste do aço (CSNA3): A CSN vai reajustar novamente o preço do aço. Depois do reajuste anunciado de 15% a 18% em maio, a empresa já anunciou um novo reajuste de 15%. O aço é um insumo muito utilizado para fabricação de veículos e esse reajuste vai aumentar a pressão dos custos dos veículos.