A B3 apresentou um resultado decente, mesmo em um ambiente macroeconômico desafiador. O modelo de negócios mais diversificado permitiu crescimento de receita, a despeito da performance de equities no ano. A receita foi impulsionada por FICC, balcão e tecnologia. A Companhia também tem ampliado a sua oferta de produtos, com a aceitação de debêntures como colateral, o lançamento do Tesouro Direto Garantia e produtos de crypto, tal agenda deve ser fortalecida em 2025.

Receita e Quebra por Segmento:

Receita total: R$ 2,67 bi (+7,0% YoY | -1,6% QoQ). Bom desempenho no ano, dado o momento macro. Business tem se mostrado cada vez menos depende de equities, mostrando um trabalho bem sucedido de diversificação de receitas ao longo dos anos.

Listados: R$ 1,50 bi, crescimento de 5,9% no YoY), que pode ser dividido entre Equities, com desempenho de R$ 847 mi, queda de 0,7% no YoY e FICC: R$ 655 mi, crescimento de 15,8% YoY).

Balcão: R$ 436 mi (+9,4% YoY), fruto de um aumento do número de emissões de renda fixa e do crescimento do estoque.

Infraestrutura para Financiamento: R$ 132 mi, queda de 13,5% no YoY). Queda da receita se dá em função da base de comparação que contava com o programa desenrola. Tecnologia, Dados e Serviços ficou em R$ 573 mi, crescimento de +9,7% YoY).

Despesas e EBITDA:
Despesas operacionais: R$ 908 mi (-15,3% YoY | +9,3% QoQ). Esta queda ocorre em função do término da amortização dos intangíveis da combinação com a CETIP. Além disso, tivemos uma receita um pouco mais pressionada em pessoal que representa ~45% das despesas operacionais e que foi acima do esperado. A sub linha de serviços cresceu 13,9% vs 4T23.

EBITDA recorrente: R$ 1,60 bi (+9,5% YoY | -6,4% QoQ). Crescimento acima das receitas no ano em função das menores despesas.

Margem EBITDA recorrente: 67,2% (+2,1 p.p. YoY | -2,8 p.p. QoQ). Houve melhora de margem, embora abaixo do que era esperado. A margem deve continuar variando em função do mix de produtos.

Lucro e Distribuição aos Acionistas:

Lucro líquido recorrente: R$ 1,20 bi (+13,6% YoY | -2,0% QoQ). Crescimento do lucro acima das receitas ocorre por um nível de despesas menor e também por menor nível de impostos (este último fruto do efeito do hedge para investimentos offshore).

Retorno aos acionistas: R$ 5,3 bi entre recompras e proventos. A companhia tende a dividir esse excedente entre 50% recompras e 50% proventos, mas, dado a precificação da ação ao longo do último ano, preferiu por aumentar o nível de compras, perfazendo ~70% do total. Para 2026 é esperado que essa proporção siga os mesmos 70/30.

Considerando o valor de mercado de 20/02/2025, os 5,3 bi correspondem a um yield de 8,6% ou de 2,6% em distribuição de recursos diretamente. O payout foi de 116%. Para 2025 é esperado um yield semelhante ou inferior.

Alavancagem: Dívida líquida/EBITDA recorrente LTM: 2,0x

Perspectivas e Destaques:

Aumento da participação dos ETFs, BDRs e Fundos Listados no volume negociado de +39%, +91%, +43% YoY, respectivamente, ajudando a diluir a relevância de equities, apesar da direção, essas linhas representam pouco para o todo.

Desenvolvimento de novos produtos de crypto, de renda fixa e ampliação de aceitação de outras garantias. Esse movimento deve continuar ao longo de 2025, deixando a B3 mais competitiva para um potencial novo concorrente, aventa-se que o novo competidor da B3 pode estar em fase operacional no início de 2026.

Nível de preço:
P/E LTM: 13,3x ou 12,7x no lucro ajustado.

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O post Resultados do 4T24 da B3 (B3SA3): Diversificação no modelo de negócios apareceu primeiro em SmallCaps.com.br.

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