No mesmo período, o resultado líquido ajustado passou de um lucro de R$ 125,6 milhões para um prejuízo de R$ 8,0 milhões. Considerando os resultados não recorrentes, o lucro líquido foi de R$ 30,8 milhões.
O Magazine Luiza divulgou seus resultados do 1T20 com forte desempenho operacional a despeito dos problemas causados pela pandemia; tendo com destaque no comparativo com o 1T19:
• Aumento de 34% nas vendas totais, somando R$ 7,7 bilhões;
• Crescimento de 73% no e-commerce, atingindo R$ 4,1 bilhões e 53% das vendas totais;
• Evolução de 185% nas vendas via marketplace (30% do e-commerce total);
• Expansão de 7% nas vendas nas lojas físicas.
Ganho de participação de mercado – No 1T20, as vendas totais, incluindo lojas físicas, ecommerce tradicional (1P) e marketplace (3P) cresceram 34,0% para R$ 7,7 bilhões; reflexo do aumento de 72,6% no e-commerce total (sobre um crescimento de 50,1% no 1T19) e 6,7% nas lojas físicas (-4,5% no conceito mesmas lojas).
O bom desempenho de vendas foi alcançado mesmo com o fechamento temporário das lojas físicas no final de março. A companhia estima que perdeu cerca de R$ 500 milhões em faturamento nos últimos dias de março. As 198 lojas inauguradas nos últimos 12 meses tiveram vendas acima das expectativas.
Resumo dos Resultados do 1T19 e 1T20:
Como consequência do forte desempenho operacional, a receita liquida cresceu 20,9% somando R$ 5,23 bilhões e a margem bruta teve uma pequena redução em função, principalmente, da maior participação do e-commerce tradicional (1P) nas vendas totais.
Despesas operacionais – aumento de 19,1% no 1T19 para 22,0% no 1T20, da consolidação da Netshoes, investimentos em melhoria no nível de serviço e aquisição de novos clientes, e do fechamento temporário das lojas físicas.
EBITDA – Redução de 15,9% no comparativo trimestral, somando R$ 332,6 milhões, com margem de 6,4% impactado pelo aumento das despesas operacionais em relação à receita líquida.
Luizacred – Crescimento de 20,5% na base de Cartões Luiza, atingindo 5,3 milhões de cartões.
• O faturamento total do Cartão Luiza foi de R$ 7,0 bilhões, crescendo 22,1%;
• A carteira de crédito total cresceu 31,0% nos últimos 12 meses, alcançando R$ 11,6 bilhões;
• No 1T20, mesmo considerando um aumento nas provisões em IFRS, o lucro da Luizacred atingiu R$ 9,6 milhões.
Posição de caixa líquido e estrutura de capital – Nos últimos 12 meses, a posição de caixa líquido ajustado aumentou de R$ 1,4 bilhão em mar/19 para R$ 3,8 bilhões em mar/20, em função da:
• Geração de caixa da Companhia;
• Dos investimentos e aquisições realizados;
• Da oferta subsequente de ações concluída em nov/19.
A Companhia encerrou o 1T20 com uma posição total de caixa de R$ 4,6 bilhões; considerando caixa e aplicações financeiras de R$ 2,6 bilhões e recebíveis de cartão de crédito disponíveis de R$ 2,0 bilhões. Além disso, o Magazine Luiza concluiu no início de abr/20 uma emissão de debêntures de R$ 800,0 milhões; elevando a sua posição de caixa total para R$ 5,4 bilhões.
Investimentos – No 1T20, os investimentos somaram R$ 105,4 milhões, incluindo a abertura de lojas, reformas, investimentos em tecnologia e logística. No período, a Companhia inaugurou 46 quiosques da parceria com as Lojas Marisa.
Cancelamento da distribuição de R$ 290 milhões em dividendos adicionais – O conselho do Magazine Luiza decidiu cancelar a distribuição de dividendos adicionais no valor de R$ 290,914 milhões. Na ata da reunião, a administração da companhia diz que a medida foi tomada para preservação de caixa.
Ficou decidida a distribuição de R$ 112 milhões – já declarados aos acionistas da companhia a título de juros sobre o capital próprio -, somados aos R$ 58 milhões também já declarados. Assim, foram distribuídos R$ 170 milhões, total correspondente a 19,35% do lucro líquido apurado no exercício (ajustado após a destinação para a reserva legal).
Ontem a ação MGLU3 encerrou cotada a R$ 60,40 com valorização de 26,7% no ano. O valor de mercado da companhia é de R$ 97,8 bilhões.
GUIDE INVESTIMENTOS: MAGAZ LUIZA (MGLU3) divulga resultados do 1T20
A Magazine Luiza está sendo um dos grandes destaques entre os players do mercado durante o período da quarentena. Isso porque a companhia já possuía um sistema digital bastante desenvolvido e integrado com o meio físico.
Entre os principais destaques de seu resultado 1T20, estão:
• Vendas totais, incluindo lojas físicas, e-commerce tradicional (1P) e marketplace (3P) cresceram 34,0% para R$ 7,7 bilhões, reflexo do aumento de 72,6% no e-commerce total (sobre um crescimento de 50,1% no 1T19) e 6,7% nas lojas físicas (-4,5% no conceito mesmas lojas);
• Vale lembrar que as lojas estavam fechadas devido ao isolamento social, e a cia estima que as lojas físicas deixaram de vender cerca de R$ 500 milhões nos últimos dias de março, o que elevaria o crescimento mesmas lojas de -4,5% para aproximadamente +8% no 1T20;
• As vendas do e-commerce cresceram 72,6%, comparado ao crescimento do mercado de 23,8% (E-bit), e representaram 53,3% das vendas totais. No e-commerce tradicional, as vendas evoluíram 47,5% e o marketplace contribuiu com vendas adicionais de R$ 1,2 bilhão, crescendo 184,8% e representando 30,1% do ecommerce total;
• O ganho de marketshare novamente foi impulsionado pela excelente performance do app, que já alcançou a marca de 21 milhões de usuários ativos mensais, aumento do número de sellers e do sortimento do marketplace, além da entrega mais rápida e a melhor experiência do varejo;
• A base de Cartões Luiza cresceu 20,5% comparado ao 1T19, atingindo 5,3 milhões de cartões. No mesmo período, o faturamento total do Cartão Luiza foi de R$ 7,0 bilhões, crescendo 22,1%. A carteira de crédito total cresceu 31,0% nos últimos 12 meses, alcançando R$ 11,6 bilhões;
• O crescimento das vendas e o resultado positivo do e-commerce contribuíram novamente para o EBITDA. Entretanto, a perda de vendas decorrente do fechamento temporário das lojas físicas e o aumento das despesas em relação à receita líquida influenciaram a margem EBITDA ajustada, que passou de 8,9% no 1T19 para 5,2% no 1T20;
• O resultado líquido ajustado passou de um lucro de R$ 125,6 milhões para um prejuízo de R$ 8,0 milhões;
• Nos últimos 12 meses, a posição de caixa aumentou de R$ 1,4 bilhão em mar/19 para R$ 3,8 bilhões em mar/20, em função da geração de caixa da cia, dos investimentos e aquisições realizados e da oferta subsequente de ações concluída em nov/19;
• A Companhia encerrou o 1T20 com uma posição total de caixa de R$ 4,6 bilhões, considerando caixa e aplicações financeiras de R$ 2,6 bilhões e recebíveis de cartão de crédito disponíveis de R$ 2,0 bilhões. Além disso, a Companhia concluiu no início de abr/20 uma emissão de debêntures de R$ 800,0 milhões, elevando a sua posição de caixa total para R$ 5,4 bilhões;
• Em abril, o e-commerce total do Magalu mais que dobrou: cresceu 138% (109% no ecommerce tradicional (1P) e 235% no marketplace). Com isso, mesmo com uma queda de 84% no faturamento das lojas físicas (parcialmente reabertas a partir de 22 de abril), as vendas totais cresceram 7% no período;
• Em maio, os números aceleraram ainda mais. O e-commerce mais que triplicou:o crescimento atingiu expressivos 203% até 20 de maio, sendo 194% na operação tradicional e 229% no marketplace. Incluindo a contribuição das lojas físicas que reabriram, mesmo que parcialmente, as vendas totais do Magalu avançaram 46% no período.
Impacto: Positivo. Os resultados do 1T20 vieram em linha com as expectativas do mercado. A Magazine Luiza mostrou um forte crescimento do e-commerce que foi ainda mais expressivo em abril e maio. Este contribuiu para o crescimento das vendas totais, mesmo com as lojas físicas da empresa fechadas, que de acordo com ela equivaleu a perda de R$ 500 milhões em vendas.