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NOVIDADES ESG

AGOs – Uma política de remuneração de conselheiros e executivos totalmente transparente, a independência dos Conselhos e a estratégia de mitigação dos impactos das mudanças climáticas sobre os negócios, bem como a segurança cibernética são os principais pontos dos investidores para as Assembleias Gerais Ordinárias (AGOs) das companhias abertas brasileiras neste ano. Ao menos é a percepção da Morrow Sodali, consultoria global de governança, que mapeia as tendências e as melhores práticas para empresas listadas, inclusive no Brasil.

De passagem pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Agnes Blanco Querido, diretora da Morrow, falou sobre AGOs e destacou que a assembleia “é um momento importante para o Conselho de Administração se engajar com os acionistas”, observando, no entanto, que no Brasil “ainda falta um pouco dessa preocupação de a assembleia não ser apenas um rito obrigatório”.

Transparência, portanto, é aspecto essencial para as companhias tratarem a remuneração de sua administração, reiterou a executiva.

ESGT – O investidor, e demais stakeholders do mercado financeiro, não deverão estranhar a sigla ESGT que, na prática, é o “ESG + T”, ou seja, práticas Ambientais, Sociais, Governança Corporativa e Tecnológica.

Isso porque a cibersegurança deve ser uma preocupação de todas as áreas da empresa, a exemplo das questões ligadas ao meio ambiente, condições socioeconômicas e constante aperfeiçoamento da governança. 

Esta nova realidade foi destacada no último Fórum Econômico Mundial, no qual líderes globais mencionaram a importância de adicionar à sigla ESG om “T”. “Considerando exemplos de ataques já vistos em vários pontos do mundo, é possível enxergar a cibersegurança apoiando também o pilar ambiental. Vimos casos na guerra entre Rússia e Ucrânia, em que parques eólicos na Europa foram afetados e o ataque sofrido pela operadora do maior duto de transferência de combustível da costa leste dos Estados Unidos”, exemplifica Eduardo Lopes, CEO da Redbelt Security.

SOCIAL – As ações sociais impulsionadas pelos funcionários voluntários da Cummins Brasil registraram números expressivos em 2023. Novas iniciativas somarem-se aos avanços nos programas implantados pela área de Responsabilidade Corporativa.

Os projetos sociais da Cummins Brasil impactaram um total de 12.290 pessoas, no ano que passou, registrando crescimento superior a 300% em relação ao período anterior (2022). Além de 90% de participação dos funcionários voluntários nos projetos sociais, os dados também apontam aumento nas horas dedicadas pelo voluntariado da empresa, de 15,5 mil horas dedicadas (em horário de trabalho), representando acréscimo de 19% sobre as 13.006 mil horas registradas em 2022.

AGENDA

Oceano – A cidade paulista de Santos, que abriga o maior porto do país (inaugurado em 1892), prepara o evento Santos Summit, com foco em inovação e sustentabilidade. Ali, entre os dias 7 e 9 de março próximo, serão debatidos temas ligados ao mar.

Voltado a profissionais e empreendedores tecnológicos; especialistas em sustentabilidade; investidores e interessados em geral, terá também o evento satélite sobre a “Década do Oceano” em parceria da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. O mega evento, que pretende ser o maior do país nesta temática, inclui o 2º Fórum da Aliança Brasileira pela Cultura Oceânica e Adaptação do Clima, o Fórum dos Jovens Embaixadores do Oceano das Escolas Azuis e a Olimpíada Brasileira do Oceano. O Santos Summit contempla o ODS 9 (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) da ONU. 

O bloco ESG, que tem o Ilhahub na Curadoria, levará alguns especialistas para debates, entre os quais este colunista, que agradece a honraria. Outras informações pelo email [email protected] 

Frete marítimo de olho na emissão zero

A Organização Marítima Internacional recebeu documento assinado pelos governos das Bahamas e da Libéria, mais a Câmara Internacional de Navegação, propondo a criação de um fundo para financiar combustíveis e tecnologias de zero emissão de carbono.   

A informação, da agênca epbr, revela ainda que a proposta, detalhada à IMO (em inglês), tem como base o sistema “feebate”, de contribuição global baseado em taxas de carbono, que o Japão já havia encaminhado à organização. Estima-se que o volume de comércio mundial responda por 3% das emissões de gases de efeito estufa (GEE).

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