As fortes geadas que ocorreram nas principais regiões produtoras de hortaliças e frutas no país causaram queda na oferta das culturas. Como consequência houve alta nos preços destes produtos na maioria dos mercados atacadistas.
A informação consta no Relatório de Monitoramento Semanal da Comercialização dos principais produtos nas Centrais de Abastecimento. O estudo refere-se ao intervalo de 18 a 24 de julho e já se encontra disponível no site da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
De acordo com informações da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), por exemplo, a geada foi intensa e abrangente em São Paulo e ela atingiu também regiões de clima mais quente, como Ribeirão Preto e São José do Rio Preto. Isso comprometeu a produção de muitas regiões com possível diminuição de oferta e da qualidade de algumas hortaliças, em especial as folhosas. As frutas também sofreram este efeito, como foi o caso da laranja.
Já a Ceasa Campinas, também em São Paulo, informou que muitos produtores de hortaliças tiveram perdas significativas e já observaram reflexo nos preços de legumes como o pimentão, a abobrinha e a berinjela. Com relação às folhosas, uma vez que o consumo é muito reduzido neste período de inverno, ainda não foi notada uma grande mudança nos preços.
No caso do Rio Grande do Sul já havia sido observada uma alta nos preços coletados mesmo na semana anterior a deste estudo, quando ainda não havia ocorrido a geada, apenas um frio mais severo, como informou a CeasaSerra e a Ceasa/RS. Ainda neste estado, na capital, Porto Alegre, ocorre um período de entressafra de hortigranjeiros que teve início em junho e seguirá até o mês de outubro. De acordo com produtores, comerciantes e varejistas locais, a demanda tem sido baixa este mês.
No Paraná, a informação obtida pela Ceasa no estado foi que as geadas que ocorreram anteriormente afetaram a oferta e com isso os preços já estavam elevados. O prejuízo ocorreu principalmente para hortaliças como chuchu, abobrinha, tomate e pepino. Também sentiram esses efeitos a couve-flor, brócolis e a alface, entre outras.
Finalmente, em Santa Catarina há a perspectiva de que haja atraso no desenvolvimento das hortaliças em razão das baixas temperaturas, o que deve comprometer também a oferta.
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