A empresa divulgou seu Relatório de Produção e Vendas do 4T20 apresentando crescimento na produção e nas vendas de minério de ferro e dos metais básicos (cobre e níquel), comparado ao mesmo período de 2019.

Estes dados são indicações positivas para o resultado da Vale no 4T20, que será divulgado no dia 11 de fevereiro (quinta-feira) após o pregão.

Também, a Vale confirmou que terá uma audiência hoje, com órgãos da justiça de Minas Gerais para “os entendimentos finais e possível assinatura do Termo de Reparação”, referente aos danos socioeconômicos e ambientais causados pelo acidente em sua mina de Brumadinho. O fechamento deste acordo será positivo para Vale, reduzindo riscos, mesmo levando a um volume bastante alto de desembolsos. A imprensa indica que o valor deste acordo pode chegar a R$ 37,5 bilhões.

Em minério de ferro, a produção da Vale no 4T20 aumentou 7,9%, sempre comparando ao mesmo trimestre do ano anterior. Este crescimento ocorreu com o melhor desempenho do Sistema Norte (aumento de 4,6%), principalmente no S11D, que teve um incremento de 13,5% em sua produção. Além disso, a volta à operação de várias minas dos Sistemas Sudeste e Sul ajudou no desempenho do trimestre.

No ano, a produção de minério da Vale somou 300,4 milhões de toneladas; no limite inferior do guidance fornecido pela empresa (300-305 milhões de toneladas), volume 0,5% menor que em 2019.

A produção de pelotas no 4T20 foi negativamente afetada por menor demanda e redução do suprimento de matéria-prima (pellet feed), por conta da paralisação das minas de Brucutu e da manutenção da planta de Tubarão 6, que foi realizada em novembro. Em janeiro/2021, a empresa retomou a produção na planta de pelotização de Vargem Grande, que estava paralisada desde fevereiro/2019. Com isso, a capacidade total será acrescida de 7 milhões de t., esperando-se uma produção entre 4-5 milhões de t. de pelotas desta unidade durante 2021.

Nos metais básicos, a produção teve um pequeno decréscimo em níquel (1,4%), mas uma elevação mais expressiva no cobre (3,5%).

No 4T20, o volume vendido dos principais produtos da Vale aumentou.

A Vale vendeu 82,8 milhões de toneladas de minério no 4T20, 6,3% mais que no 4T19. Isso ocorreu pela maior disponibilidade de produção e com a forte demanda chinesa. Somando os volumes de pelotas e minério, a Vale vendeu 91,3 milhões de t. no 4T20, com crescimento de 2,7%; sendo que 70,1% foram destinados à China, contra 65,3% no 4T19. As vendas de minério no 4T20 permitiram um prêmio médio por qualidade US$ 3,2/t, valor 20,0% menor que no 4T19.

As vendas de metais básicos mostraram altas, tanto em níquel (40,6%) como em cobre (5,9%). No níquel, as maiores vendas foram impulsionadas pelos bons preços de mercado. Para o cobre, o aumento de produção e os preços favoráveis levaram ao incremento das vendas.

VALE3 subiu 85,1% nos últimos doze meses, enquanto o Ibovespa teve uma valorização de 4,5%. A cotação desta ação no último pregão (R$ 90,43) estava 12,5% abaixo da máxima alcançada nos últimos doze meses e 190,3% acima da mínima no período.

GUIDE INVESTIMENTOS: VALE (VALE3) divulga relatório de produção e vendas referente ao 4T20

Vale divulgou o relatório de produção e vendas referente ao 4T20. A companhia, no documento, mostrou números em linha com a expectativa do mercado e vendas acima do esperado.

Entre os principais destaques:

• O trimestre foi marcado pelo forte aumento nas vendas em relação ao trimestre anterior nos negócios de Minério de Ferro (25,9%), Cobre (15,4%) e Níquel (13,6%);

• A produção de finos de minério de ferro totalizou 300,4 Mt em 2020, em linha com 2019 como resultado (a) da retomada das operações como Vargem Grande e Timbopeba; (b) do ramp up de S11D; e (c) de operação do site de Alegria por um ano completo. Esses efeitos positivos foram totalmente compensados por: (a) restrições na disposição de rejeitos em Itabira e Brucutu; (b) atrasos na abertura de novas frentes de lavra em Serra Norte; (c) impactos relacionados ao COVID-19; e (d) pela parada de 4 meses do site Fazendão;

• No 4T20, a Vale produziu 84,5 Mt de finos de minério de ferro, 5% abaixo do 3T20, principalmente devido aos maiores níveis de chuvas e restrições de disposição de rejeitos no Sistema Sudeste;

• Os volumes de vendas de finos de minério de ferro e pelotas totalizaram 286,1 Mt em 2020, 5% abaixo da produção de finos de minério de ferro. Para atender clientes em 2019, a Vale reduziu seus estoques operacionais, atingindo níveis insustentáveis. Em 2020, a Vale precisou recompor seus estoques operacionais, possibilitando uma maior aderência entre vendas e produção em 2021;

• No 4T20, as vendas de finos e pelotas de minério de ferro da Vale alcançaram 91,3 Mt com um prêmio de US$ 4,3/t3. A Vale atingiu vendas recordes para a China no 4T20, totalizando 64 Mt (vs. 58 Mt no 4T19);

• A produção de níquel acabado ex-VNC foi de 183,7 kt em 2020, em linha com 2019. Do lado positivo, a produção anual foi sustentada por (a) melhor performance de 9,3 kt em Onça Puma, operando durante o ano completo, após receber autorização judicial para retomar as atividades de mina e processamento em setembro de 2019 e (b) aumento de 3,4 kt de minério de origem da Indonésia, devido a operações mais estáveis ao longo do ano;

• O Negócio de Carvão retomou suas atividades de manutenção em novembro, com conclusão prevista para o 1T21, seguida das atividades de comissionamento de equipamentos novos e remodelados. O início do ramp-up da mina e da planta está previsto para acontecer a partir do 2T21 e deve durar até o final de 2021. A Vale espera atingir um run-rate de produção de 15 Mtpa no 2S21.

Impacto: Positivo. A Vale, em seu relatório de produção e vendas, teve recorde de vendas de minério de ferro para a China no 4T20; Retorno de Serra Leste e Fábrica no 4T20; Recorde de vendas de Níquel em um trimestre desde 4T17; e Início da manutenção da mina de Moatize no 4T20. No geral, os números vieram em linha com a expectativa do mercado, mas as vendas surpreenderam.

Mais: De acordo com o fato relevante publicado pela empresa, ontem, a Vale confirmou a expectativa de finalização de um acordo com o governo de MG para reparação dos danos socioeconômicos e socioambientais, decorrentes do rompimento da barragem em Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), no ano de 2019. A empresa também afirmou que uma audiência foi marcada para hoje, com o objetivo de assinar o Termo de Reparação, o qual possui “investimentos e ações com foco nas regiões atingidas e sua população”. O governo de MG e a companhia ainda não divulgaram o valor da indenização. Antes, o governo de Minas havia pedido R$ 28 bi por danos morais e R$ 26,7 bi por danos econômicos, com uma contraproposta da Vale de R$ 29 bi, considerada extremamente baixa. Agora, segundo fontes que estão familiarizadas com a negociação, o valor oferecido pela empresa aumentou para R$ 37 bi.

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