Um recente relatório da Oxfam destacou o crescimento inquietante da desigualdade de renda global em 2024, semelhante ao que foi observado durante a pandemia de Covid-19. Neste ano, o número de bilionários aumentou significativamente, com a adição de 204 novos membros nesse seleto grupo, elevando a contagem total para cerca de 2.900 bilionários em todo o mundo. Conforme a Oxfam, o enriquecimento desses super-ricos ocorreu a um ritmo alarmante, com cada um deles conquistando, em média, US$ 2 milhões por dia, enquanto os dez mais ricos alcançaram impressionantes US$ 100 milhões diariamente segundo Agência Brasil.

O impacto dessa concentração de riqueza é profundo. De acordo com o relatório, se as atuais tendências persistirem, é provável que o número de trilionários alcance cinco em uma década, enquanto a pobreza continua a afetar uma porcentagem significativa da população global. O estudo menciona que, em 2023, aproximadamente 9% da população mundial ainda vivia em condições de extrema pobreza, recebendo menos de US$ 2,15 por dia.

Desigualdade no Brasil segundo relatório Oxfam

No Brasil, a situação reflete uma dinâmica similar. Viviana Santiago, diretora da Oxfam Brasil, chamou a atenção para o fato de que, mesmo com milhões de brasileiros sofrendo de situações extremas, como fome e insegurança alimentar, o número de bilionários no país cresceu. Atualmente, menos de 100 pessoas possuem uma soma exorbitante de R$ 146 bilhões (Fonte: Agência Brasil). Essa discrepância revela um sistema que favorece a evasão fiscal, enquanto a população mais pobre continua a arcar com elevados níveis de impostos.

A Oxfam também denuncia uma falta de comprometimento institucional e governamental em abordar a desigualdade, sugerindo que os países estão cortando orçamentos destinados a educação, saúde e proteção social, o que retrocede em direitos trabalhistas e salariais.

A indústria das ideias: caminhos para reduzir a desigualdade

Em resposta a essa emergência, as propostas da Oxfam incluem o fortalecimento da tributação de ultra-ricos e a criação de metas internacionais para reduzir drasticamente a desigualdade, tanto no Sul quanto no Norte Global. Eles ressaltam a importância de um compromisso global para erradicar a riqueza extrema e promover uma distribuição mais igualitária dos recursos (Fonte: Agência Brasil).

Os investidores devem estar atentos a esses desenvolvimentos, uma vez que a crescente desigualdade pode impactar a estabilidade econômica e a dinâmica de consumo nas economias em desenvolvimento, incluindo o Brasil. As políticas implementadas durante o próximo governo podem influenciar diretamente o mercado de ações e a rentabilidade das empresas que operam nesses ambientes.

Em um cenário onde as disparidades de renda estão crescendo, os investidores brasileiros precisam considerar como essas mudanças sociais e econômicas podem afetar seus portfólios e quais setores podem ser mais sensíveis a políticas de inclusão social e tributação.

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