Um recente relatório da Unesco revelou que mulheres e meninas ainda enfrentam barreiras significativas para acessar e participar do esporte. Apesar de alguns avanços, a desigualdade de gênero no esporte continua sendo um problema crítico, com acesso limitado a recursos, instalações e oportunidades de competição.

À medida que nos aproximamos das Olimpíadas de Paris 2024, a presença de atletas femininas se torna um tema de grande relevância. O evento olímpico representa uma vitrine global onde a igualdade de gênero no esporte pode ser celebrada, mas também expõe as desigualdades que ainda estão presentes. 

O relatório da Unesco destaca a necessidade urgente de políticas públicas inclusivas e programas específicos que visem aumentar a participação feminina no esporte, garantindo igualdade de condições e oportunidades. Além disso, destaca três desafios urgentes enfrentados por meninas e mulheres no esporte. São eles:

  • Acabar com a violência de gênero no esporte
  • Reduzir a evasão de adolescentes do sexo feminino no esporte
  • Necessidade de mais mulheres em cargos de liderança esportiva

21% das atletas (e 11% dos atletas do sexo masculino) relataram ter sofrido pelo menos uma forma de abuso sexual na infância no esporte. Uma das prioridades políticas identificadas pelo Plano de Ação da UNESCO é acabar com a violência contra mulheres e meninas, o que diretamente compromete oportunidades, desenvolvimento e direitos humanos, incluindo o direito de participar e desfrutar do esporte de forma segura.

Outro dado relevante aponta que 49% das meninas abandonam o esporte durante a adolescência – isso é 6 vezes maior do que a taxa de abandono de meninos adolescentes. Essa alta taxa de evasão é explicada por vários fatores, entre eles a falta de modelos femininos, preocupações com segurança, falta de confiança e imagem corporal negativa. 

Como o esporte é uma ferramenta de empoderamento feminino, com vínculos comprovados com o sucesso nos estudos acadêmicos e nos negócios, a taxa de evasão deve ser enfrentada de forma decisiva.

A disparidade salarial no esporte profissional também é um sinal altamente visível de desigualdade – a lista da revista Forbes dos 50 atletas mais bem pagos do mundo, por exemplo, ainda não inclui uma única mulher. Mas o Plano de Ação da UNESCO destaca que a falta de liderança feminina em todos os níveis do esporte é um problema estrutural que necessita de uma solução urgente: no ano passado, apenas 30% das maiores federações esportivas do mundo eram presididas por mulheres. 

Os excelentes indicadores de igualdade de gênero dos Jogos de Paris 2024 podem ser um acelerador para a nomeação de mulheres para cargos de liderança esportiva. E isso reforça outro destaque do relatório da UNESCO. São recomendações para governos, organizações esportivas e sociedade civil, incentivando a criação de iniciativas que promovam a igualdade de gênero no esporte e apoiem as atletas em todos os níveis.

Para conferir o relatório completo da Unesco, clique aqui.

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