Votação do projeto impulsionou alta no Ibovespa, que sentiu impacto do exterior

O Ibovespa terminou a semana em alta, sustentado pela rápida articulação do governo e o avanço na negociação de votação da reforma tributária na Câmara dos Deputados. No entanto, o cenário no exterior limitou os ganhos no índice brasileiro.

Em Wall Street, a ata do FOMC sinalizou que novos aumentos de juros estão por vir, o que pesou bastante nas bolsas. O comitê de política dos EUA justificou a decisão afirmando que a inflação de longo prazo ainda é benigna.

Fonte: Investing

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Cenário local

A produção industrial de maio subiu 0,3% em maio, diminuindo as perdas do não para -0,3%. Bens de capitais e duráveis foram as principais contribuições positivas.

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No radar das empresas, a semana encerrou em alta no Ibovespa de 0,69% aos 118.898 pontos. O clima positivo foi impulsionado por companhias de maior exposição à economia local. 

Entre os destaques, podemos mencionar: (i) PCAR3, que foi influenciada pela aprovação da reforma tributária, em especial pela proposta de zerar a alíquota para uma cesta básica nacional; (ii) IRBR3, que liderou os ganhos da semana, refletindo a visão otimista do mercado em relação ao processo de recuperação da empresa; (iii) MRVE3, impulsionada por fatores favoráveis para empresas mais cíclicas, além do anúncio de um follow-on de 58 milhões de ações pela companhia. 

Fonte; B3

No lado negativo do Ibovespa, as perdas do setor aéreo se destacam, com Gol e Azul registrando as maiores quedas. O setor continuou pressionado após as prévias operacionais da Gol indicarem uma queda na taxa de ocupação total. 

Para a próxima semana, teremos uma agenda repleta de indicadores relevantes.O destaque será o IPCA de junho, cuja divulgação está prevista para terça-feira, com a expectativa da XP de uma deflação de -0,13% em relação ao mês anterior. 

Em relação à atividade econômica, as vendas no varejo e as receitas do setor de serviços em maio também serão divulgadas e merecem atenção.

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Comentário Técnico – Por Gilberto Coelho Jr

O IBOV retomou a média de 21 dias, reassumindo a tendência de alta, acima dos 120.500 e mantendo a projeção de 126.300 a 132.300 para o ano. Teria sinal de realizações na perda dos 117.000, mirando suportes em 113.000 ou 108.000.

O SP500 segue em tendência altista definida pelas médias móveis de 21 e 200 dias. Acima dos 4.445, seria retomado o sinal de alta com projeções entre 4.540 e 4.670. O sinal de baixa ganharia força com um fechamento abaixo dos 4.385, mirando suportes em 4.328 ou 4.200.

O dólar futuro cedeu e pode retomar a tendência de baixa se perder 4.858 projetando teste de suportes em 4.780 ou 4.660. Um fechamento acima dos 4.974 traria de volta o sinal de alta com projeções entre 5.030 e 5.187.

Leia também: Ibovespa 120 mil pontos, qual o futuro da bolsa?

Macro EUA

Payroll adicionou 209k novas vagas na economia americana. O resultado foi abaixo do esperado de 225K e com a taxa de desemprego tendo ligeira queda para 3,6% (3,7% era a anterior). Já a hora de trabalho subiu 0,4% em junho, acima do esperado de 0,3%.

Macro Europa

Vendas no varejo ficaram em estabilidade em maio, abaixo dos 0,2% projetado. Na comparação anual ainda segue acumulando queda de 2,9%.

Inflação ao produtor recuou 1,9% em maio, acima do esperado e com o índice apresentando queda de 1,5% na comparação anual.

Juros

A curva de juros ficou na estabilidade em semana de maior oscilação, com influência do exterior e reforma tributária.

Câmbio 

O real teve uma semana de desvalorização com a ata do Fed prevendo novas altas nos juros por lá.

Commodities.

O barril de petróleo subiu +4% na semana, com agrícolas recuando mais forte e metálicas em queda. 

Renda Fixa

Taxas de renda fixa ficaram na estabilidade, com curva de juros volátil. Taxas dos créditos privados ainda se encontram com prêmios interessantes acima da NTNB e DI de referências, com várias emissões de crédito privado de rating AAA-AA no momento no mercado.

Perspectivas para a semana

No exterior, intensifica-se a temporada de balanços nos EUA e dirigentes do Fed falando além da inflação nos EUA. Já no Brasil teremos o IPCA onde se espera ligeira deflação, além da reforma tributária no senado.

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