O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou seu Boletim de Monitoramento COVID-19, onde há uma pequena avaliação da economia neste momento de pandemia. Um dado importante neste Boletim é o nível de utilização das refinarias da Petrobras, que nos mostra um número superior aos apresentados antes da crise.

Segundo o Boletim, o fator de utilização total das refinarias no dia 16 de agosto foi de 80,1%. Este percentual é maior que o apresentado pela Petrobras no 4T19 (76%) e semelhante ao verificado no 3T19.

A informação de que a Petrobras tem mantido estes altos níveis de utilização de suas refinarias é uma boa notícia, indicando uma produção elevada e que a empresa está se recuperando das recentes quedas em vendas.

No 2T20, a forte retração na demanda por combustíveis, com as medidas de afastamento social para combater a pandemia, levaram a uma expressiva redução nas vendas de derivados no mercado interno, que foram compensadas pela elevação das exportações. O volume total vendido no Brasil caiu 15,4% em relação ao 2T19 pela razão já destacada. Porém, a Petrobras conseguiu mais que compensar isso com a elevação de 61,7% no volume exportado (petróleo e derivados), fazendo com que as vendas totais tivessem uma alta de 3,6% em relação ao 2T19.

No início da crise, os fatores de utilização caíram para níveis em torno de 50% em março e abril, subindo paulatinamente desde então.

Nossa recomendação para PETR4 é de Compra com Preço Justo de R$ 26,00 (potencial de alta em 15%). Neste ano, esta ação caiu 25,1% e o Ibovespa teve uma desvalorização de 13,9%. A cotação de PETR4 no último pregão (R$ 22,60) estava 27,7% abaixo da máxima alcançada em 2020 e 108,3% acima da mínima.

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