Na madrugada de sexta-feira, 19/04, tivemos uma retaliação de Israel perante o último ataque do Irã. O ataque foi singelo e não houve mortos. O sentimento que fica, é que Israel fez qualquer coisa só pra dizer que não iria deixar passar em branco o ataque. Inclusive um porta voz do Irã até ironizou o ataque, dizendo que não consideraria uma retaliação em cima desse ato, pois de tão insignificante que foi seu impacto, não daria para considerar um “ataque”. Diante deste cenário, vimos o petróleo devolver toda a alta formada no momento da primeira notícia. Durante a madrugada o petróleo chegou a subir mais de 3,5%, ao longo do dia chegou a trabalhar no negativo e no momento está com uma leve alta de +0,24%. Além do petróleo, também tivemos impacto no dólar, contra o Real a moeda cai -0,74% no momento.Com um dólar mais fraco, as commodities em Chicago acabam performando melhor. Hoje o óleo de soja encerrou o pregão com valorização de +0,59%. A soja em grão também subiu, após negociar em U$11,32 – alvo técnico para a projeção de baixa, comentada nos nossos vídeos matinais – acabou encontrando suporte nessa região e disparou 16cents/bu, acumulando uma valorização diária de +1,46%.O Farelo também subiu muito bem, encerrando o dia com +1,72%. O trigo conseguiu manter a alta que foi desenvolvida durante a madrugada, quando ainda as tensões eram grandes. O trigo é muito sensível a essas questões pois suas rotas marítimas e principais concorrentes estão muito próximos aos epicentros desses embates geopolíticos, com isso o trigo encerra o dia com uma alta de +2,49%. E por fim o milho foi na carona dos demais, subindo +1,58%. Na B3 o contrato maio encerrou com uma valorização de +0,14%.Bolsas ao redor do globo fecharam majoritariamente no negativo. O destaque de queda na Ásia foi a bolsa japonesa com -2,53%. Na Europa a bolsa alemã foi a que mais caiu -0,53%. Nos EUA a sequência de quedas continua. Tanto o SP 500 (-0,88%) quanto a NASDAQ (-2,05%) caíram os 5 dias da semana e apesar dessas quedas, esses mercados têm espaço para corrigir ainda mais do movimento de alta que iniciou em outubro de 2023. Já a bolsa brasileira conseguiu se descolar do cenário externo e fechou com uma alta de +0,75%.