As empresas listadas na Bolsa de Valores do Brasil (B3) têm adotado cada vez mais a estratégia de recompra e cancelamento de ações como uma forma de otimizar suas estruturas de capital e maximizar o retorno para os acionistas.

Esse movimento, que tem se intensificado desde 2020, reflete uma abordagem proativa na gestão de recursos próprios das empresas, alinhando os interesses de longo prazo entre gestão e acionistas.

Diante disso, a Quantum produziu um report exclusivo sobre recompras de ações, abordando os principais benefícios para os acionistas e um levantamento sobre as empresas que mais adotaram essa estratégia em 2024.

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Os últimos grandes casos foram da Ambev (ABEV3), que vai repetir a estratégia já utilizada em 2023, e da XP (XPBR31), que vai recomprar até R$ 1 bilhão em ações.

Ambev (ABEV3) e XP (XPBR31) anunciam novos programas de recompra de ações

Uma das maiores companhias da B3, a Ambev (ABEV3) anunciou no dia 16/05 um novo programa de recompra de até 24 milhões de ações, com previsão de encerramento em novembro de 2025.

A aprovação vem após o encerramento do programa anterior, iniciado em maio de 2023, que concluiu recentemente a recompra de 13 milhões de ações ordinárias pela tesouraria da companhia.

O objetivo, segundo o fato relevante divulgado pela empresa, é “fazer frente à entrega de ações no âmbito dos planos de remuneração baseados em ações da companhia, podendo ainda ser mantidas em tesouraria, canceladas e/ou alienadas posteriormente.”

Já a XP (XPBR31) anunciou que vai recomprar até um montante em dólar equivalente a R$ 1 bilhão em ações ordinárias Classe A negociadas na Nasdaq. O programa começou ontem e pode ir até o dia 31 de dezembro de 2024.

No caso da XP, a companhia não determinou um número específico de ações como alvo. O comunicado informa que  “o conselho de administração da XP revisará periodicamente o programa de recompra e poderá autorizar ajustes em seus termos e tamanho, ou suspender, ou descontinuar o programa de recompra”.

Estratégia de recompras avançou nos últimos anos

Casos como o da Ambev têm sido cada vez mais comuns entre as empresas listadas na B3 nos últimos anos. Nos últimos anos, a indústria vem demonstrando maior inclinação pela estratégia, conforme mostra o gráfico abaixo.

Fonte: Quantum Axis, com dados até março/24 

O report exclusivo da Quantum revela as empresas que mais adotaram essa estratégia em 2024.

Em termos de quantidade de ações recompradas, esse movimento é fortemente liderado por B3, Itau Unibanco e Petrobras, respectivamente. Em volume financeiro recomprado, as três empresas seguem no topo, mas com uma inversão na ordem: Itau Unibanco, seguido de Petrobras e B3.

A estratégia de recompra de ações está associada à redução do número de ações em circulação e, consequentemente, ao aumento do lucro por ação (LPA), um dos principais indicadores observados por investidores e analistas.

Além disso, recomprar ações é um sinal claro ao mercado de que a gestão acredita que a empresa esteja subvalorizada, e essa percepção pode, por si só, elevar o preço das ações.

A importância do monitoramento da recompra de ações por investidores 

Para profissionais e investidores que buscam entender as nuances do mercado de capitais é fundamental acompanhar as negociações realizadas por stakeholders ou até mesmo na própria tesouraria da companhia. 

Essas movimentações podem fornecer insights valiosos sobre a confiança da gestão em relação ao futuro da empresa e o comprometimento em gerar valor ao acionista. E como vimos, a recompra de ações é um componente estratégico vital na gestão financeira das empresas listadas. 

Com o Quantum Axis você pode acompanhar essas movimentações com agilidade. 

Basta seguir o caminho no sistema: Empresas > Acionistas > Insiders 

Na tela de Insiders do Quantum Axis, o usuário cadastra as empresas que deseja monitorar e visualiza todas as negociações de ações da Bolsa reguladas pela instrução CVM 44 (antiga 358) assim que são divulgadas.