A loja passou por um período conturbado em que perdeu a confiança de seus clientes. Com a ajuda de uma consultoria, a companhia decidiu passar por um processo de reestruturação; que ainda estava em processo, para conseguir aumentar o fluxo dentro de suas lojas, resgatando seus antigos clientes e conseguindo novos.

Este estava ocorrendo através do fechamento de lojas não estratégicas, reformas dentro das lojas e investimentos no omnichanel. Ainda, a empresa fez recentemente um acordo com a Magazine Luiza para vender produtos do segmento de Fashion Tronics em suas lojas; visando aumentar o fluxo.

O ano de 2020 começou com perspectivas bastante positivas para a cia. Mantendo a dinâmica verificada ao longo do ano de 2019, as vendas em mesmas lojas; considerando apenas o período comparável em que as lojas estiveram abertas; cresceram 11,7%, refletindo novamente uma boa assertividade das coleções, fluxo crescente em lojas e, mais um período de excepcional performance do e-commerce.

A chegada da COVID-19 ao Brasil, fez com que a Companhia tivesse que, rapidamente, ajustar sua trajetória de forma a lidar com tal evento. A partir daí criaram um comitê de crises e fecharam suas lojas gradativamente até o dia 20 de março.

Entre outras iniciativas tomadas, estão:

• Redução da jornada ou suspensão do contrato de trabalho – conforme a área – com adoção do benefício previsto na MP 936;

• Suspensão dos investimentos, mantendo-se apenas aquelas relacionados as iniciativas digitais, como o omnichannel, melhorias no site e desenvolvimento do app, de forma a otimizar o relacionamento com nossas clientes;

• Início de renegociação de todos os contratos da Companhia, com especial foco nos contratos de aluguel, buscando-se adequar a estrutura de SG&A o máximo possível a nova realidade de vendas;

• Desenvolvimento de novos canais para pagamento de faturas, com parcerias com supermercados e drogarias, além das já mencionadas melhoriasnos canais digitais, inclusive com autilização de sistemas robotizados via WhatsApp;

• Manutenção dos cronogramas de pagamento junto aos fornecedores apenas com renegociações pontuais envolvendo as carteiras para entrega futura, de forma a preservar a capacidade de abastecimento da cadeia.

Sobre o resultado:

• Vendas nas mesmas lojas de -4,4%. No período pré-COVID, crescimento em todo o período: janeiro (+7,3%), fevereiro (+15,2%) e março (+16,4%) – acumulado de 11,7%, em processo de aceleração em relação a já positiva performance dos trimestres anteriores;

• Ecommerce crescendo 47,3% no 1T20 – mesmo sobre base comparativa de +52,5% no 1T19;

• Operação de omnicanalidade em rápida expansão, com Clique&Retire já representando 41% das vendas do ecommerce no período pré-COVID, e o Ship from Store em rápida expansão para 115 lojas;

• Posição de Caixa saudável, em função do aumento de capital realizado no final de 2019, e novas captações/rolagens realizadas pela Companhia;

• Receita Líquida diminuiu 8,4%, totalizando R$ 417 milhões vs. R$ 455 milhões no 1T19;

• Despesas Gerais e Administrativas totalizaram R$ 49 milhões, crescimento de 38,9%, em função das maiores despesas com tecnologia relacionadas ao projeto omnichannel e provisões para remuneração variável;

• Despesas com Vendas totalizaram R$ 205 milhões, redução de 2,1% a.a., refletindo mais uma vez os contínuos ganhos de eficiência;

• O EBITDA Ajustado 1T20 apresentou redução de R$ 75,0 milhões em relação ao 1T19, refletindo principalmente o menor resultado da operação de varejo, impactada negativamente pelo fechamento das lojas ao final do mês de março;

• No final do 1T20, a Companhia apresentava endividamento líquido de R$ 391,3 milhões, R$ 278,7 milhões abaixo do 1T19, em função dos efeitos do follow on realizado em dez/19;

• A cia teve prejuízo líquido de R$ 107 milhões vs. R$ 32 milhões no 1T19;

• A alavancagem da Companhia foi para 3,3x (vs. 1,5x no 4T19), impactada pela redução do EBITDA LTM.

Impacto: Neutro. O processo de reestruturação da companhia estava em processo, mas foi interrompido pela pandemia. Seus números vieram em linha com o esperado. O desempenho das lojas estava bom no começo do ano, mas com o fechamento, teve uma grande queda nas vendas, acarretando em um EBITDA negativo. O maior impacto do coronavírus deve aparecer no resultado do 2T20.

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