A notícia que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento no valor de R$ 1 bilhão para a Raízen Energia (RAIZ4) construir uma Unidade de Etanol Celulósico de segunda geração (E2G) não agradou muito o mercado nesta segunda-feira (8). Isso porque a empresa vem divulgando esforços para reduzir sua alavancagem, de 2,6 vezes no fim de setembro. As ações da Raízen tiveram uma queda de 5,12% no pregão da segunda, para R$ 2,04. Em um ano, os papéis da companhia já recuaram 49%.
O valor do financiamento provém de recursos do Programa BNDES Mais Inovação (R$ 500 milhões) e do Fundo Clima (R$ 500 milhões), a planta será uma das seis previstas no país para atingir a viabilidade econômica do E2G até 2028. A unidade será construída em Andradina (SP), com capacidade instalada de produção de até 82 milhões de litros por ano.
Segundo o BNDES, o biocombustível tem aplicabilidade confirmada em diversas frentes projetadas, como SAF (sustainable aviation fuel), hidrogênio verde e combustível marítimo. Conforme o comunicado, o projeto da Raízen prevê investimentos de aproximadamente R$ 1,4 bilhão e a geração de mais de 1.500 empregos diretos, durante a fase de construção, e 200 durante a operação, por planta.