No pregão da última segunda-feira (17), as ações da Raízen (código RAIZ4) subiram 3,39%, alcançando R$ 1,83, mesmo após a divulgação de um prejuízo líquido de R$ 2,57 bilhões no terceiro trimestre do ano safra de 2025. Comparado ao lucro de R$ 793,3 milhões no mesmo período do ano anterior, o resultado acendeu um sinal de alerta entre os investidores, mas, curiosamente, não afugentou a compra das ações, conforme relatado pelo E-Investidor.
Avaliação do Mercado e Impacto nos Resultados
Os analistas da XP Investimentos caracterizam o balanço da empresa como fraco, citando uma queima de caixa acima do esperado. Eles destacam que o prejuízo se deve, principalmente, a despesas financeiras e tributárias que superaram as previsões. O EBITDA consolidado caiu 21% na comparação anual, registrando R$ 3,1 bilhões. Esse desempenho reflete a queda nas operações de mobilidade no Brasil e na América Latina, embora as margens tenham se mantido em níveis “decentes” em um cenário macroeconômico desafiador.
Por outro lado, o Itaú BBA considera o resultado neutro, enfatizando que, apesar da queima de caixa e do EBITDA terem ficado abaixo do esperado, a empresa está em um processo de mudança estratégica para aumentar o valor para os acionistas e otimizar sua estrutura de capital. Essas transformações visam reforçar os principais segmentos de atuação, como distribuição de combustíveis e açúcar, além de energias renováveis.
Expectativas Futuras e Táticas de Recuperação
Os analistas do Itaú BBA, Monique Martins Greco Nata, Bruna Amorim e Eric de Mello, veem potencial a longo prazo na Raízen, embora reconheçam que as fraquezas atuais no balanço podem inibir o otimismo de curto prazo. Eles salientam que a companhia busca revisar seus ativos e melhorar a eficiência operacional. Enquanto isso, o BTG Pactual reforçou a percepção de mudança com a nova contratação de Geovane Consul como vice-presidente de açúcar e etanol, indicando que a empresa está em uma trajetória de reestruturação.
É Hora de Investir nas Ações da Raízen?
Se o desempenho recente da Raízen gera preocupação, os analistas parecem otimistas em relação ao futuro. A XP destacou que o preço atual da ação RAIZ4 está atraente, principalmente considerando que as ações estão próximas das mínimas históricas. Entretanto, a recomendação é de que os investidores preparem-se para navegar por um curto prazo desafiador, com um potencial significativo à vista.
Com um preço-alvo de R$ 4,40, a XP projeta uma alta de 148,59% em relação ao fechamento do pregão anterior. O Itaú BBA tem uma meta ainda mais alta, de R$ 4,50, representando uma valorização de 154,2%. Já o BTG é mais audacioso ao indicar um preço-alvo de R$ 7, sugerindo uma possível alta de 295,5% frente às recentes oscilações.
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