O levantamento a seguir considera a alocação em debêntures na indústria de fundos de janeiro de 2014 até o mês de fevereiro de 2022, considerando as seguintes condições:

– No período de janeiro 2014 a fevereiro de 2022 são considerados todos os fundos presentes em cada data, portanto, a amostra é variável com fundos efetivamente presentes em cada mês;

– No levantamento feito com as quatro maiores gestoras (Itaú Unibanco, Santander, Bram e BB DTVM), a metodologia é a mesma que a consolidada para 100% dos fundos;

– Na posição detalhada dos gestores (debêntures alocadas) ou das debêntures mais alocadas consideramos como referência o mês de novembro de 2021, mês para o qual mais de 95% da indústria se encontra com as carteiras abertas na CVM;

– Os dados são extraídos das carteiras apresentadas à CVM pelos gestores;

– Os dados do mês de novembro, para as posições detalhadas por debênture, consideram todas as carteiras já entregues à CVM até o dia 28 de março de 2022 às 18:00hrs.

Evolução na indústria da alocação de debêntures
O gráfico a seguir mostra o volume financeiro alocado em debêntures na indústria de fundos. Percebemos que no mês de fevereiro de 2022 a alocação total alcançou a marca de R$ 300 bilhões, representando a maior alocação em debêntures desde o início de 2014, com altas consecutivas desde janeiro de 2021 (havendo um recuo apenas em julho de 2021).

Em janeiro de 2014, o volume alocado era de R$ 73,7 bilhões. É possível observar um crescimento da ordem de aproximadamente 307%, que se deve ao crescimento da indústria de fundos como um todo e, junto a isso, da aplicação de recursos nesta classe de ativo.

Os maiores gestores com alocação em debêntures da indústria de fundos
Na tabela a seguir apresentamos a evolução dos maiores alocadores em debêntures na indústria de fundos nos últimos 12 meses.

O Itaú Unibanco Asset Management alocou R$ 51,7 bilhões no mês de fevereiro de 2022, o que representa 18,82% do total alocado na indústria.

A BB Gestão de Recursos é a segunda maior em alocação, no mesmo mês, com R$ 26,8 bilhões, o que representa 9,76% do total.

Os 30 gestores com maior posição concentram 87,77% do total da indústria de fundos em fevereiro de 2022. Nos últimos 12 meses, as quatro maiores gestoras em alocação tiveram participação superior a 45% da indústria.

O Itaú Unibanco é a gestora com maior crescimento de alocação (em relação a março de 2021), apresentando um aumento percentual de 8,49%, contra 5,16%, 5,98% e 2,01% da BB DTVM, Bram e Santander, respectivamente.

As quatro maiores (Itaú Unibanco, BB, BRAM e Santander)
O gráfico mostra a evolução da alocação em debêntures dos quatro maiores players da indústria de fundos.

A partir de dezembro de 2017, o Itaú Unibanco passou a liderar o ranking de maiores alocadores em debêntures na indústria de fundos.

A partir de janeiro de 2020, o Banco do Brasil passa a ser a segunda maior gestora com alocação em debêntures, ultrapassando a BRAM. Santander se consolida como a quarta maior gestora desde abril de 2019.

Debêntures mais alocadas na indústria de fundos
A tabela abaixo apresenta as 30 debêntures mais alocadas na indústria de fundos no mês de novembro, mês em que a carteira de praticamente toda a indústria de fundos está aberta na CVM.

A debênture “Nova Transportadora do Sudeste S/A – Nts (NTSD12)” é a que tem o maior valor alocado, com R$ 4,8 bilhões, seguida pela “Vale SA Venc. Indet. IGP-M”, com R$ 3,95 bilhões.

O volume das 30 debêntures mais alocadas é de R$ 55,3 bilhões, o que representa 22,13 % do total.

A indústria de fundos tem 1.337 debêntures alocadas.

Itaú Unibanco – as principais debêntures alocadas em fevereiro
A tabela a seguir apresenta a lista das 30 debêntures mais adquiridas pelo Itaú Unibanco em novembro de 2021.

A debênture da “Nova transportadora do Sudeste S/A – Nts (NTSD12)” é a mais alocada pela gestora, com R$ 2,5 bilhões, que representa 4,96% do total de estoque no referido mês, seguida pela “Saber Serviços Educacionais (SSED21)”, com R$ 2 bilhões.

Sete debêntures têm mais de R$ 1 bilhão alocados e concentram 46,66% do total da alocação da gestora.

As 30 debêntures concentram R$ 24,8 bilhões, o que representa 49,28% do total alocado pela gestora.

A gestora aloca seus recursos em 322 debêntures no mês de novembro.

Banco do Brasil as principais debêntures alocadas em novembro
A debênture mais alocada pelo BB é “Ultrapar (UGPA16)”, com R$ 1,1 bilhão, o que representa 4,43% do total. A segunda maior posição é a da “Gerdau (GGBRA5)”, com R$ 743 milhões.

As 30 maiores posições concentram R$ 11,8 bilhões ou 47,59% do total.

A gestora aloca seus recursos em 317 debêntures.

BRAM as principais debêntures alocadas em novembro
A debênture mais alocada pela BRAM é a “Nova transportadora do Sudeste S/A – Nts (NTSD12)”, com R$ 3,1 bilhões, seguida pela “Saber Serviços Educacionais (SSED21)”, com R$ 2 bilhões, e “Cia de Gás de São Paulo Comgas 2022-10-15 DI1”, com R$ 1,7 bilhão. As três maiores posições da BRAM concentram 9,41% do total alocado em debêntures pela gestora.

Nove debêntures têm mais de R$ 1 bilhão alocados e concentram 20% do total da alocação da gestora nesta classe de ativo.

As 30 maiores posições em debêntures somam R$ 29,5 bilhões ou 39,5% do total.

A gestora tem 487 debêntures com alocação no mês de novembro de 2021.

Santander as principais debêntures alocadas em fevereiro
A gestora tem o maior volume alocado na “Nova Transportadora do Sudeste S/A – Nts (NTSD12)”, com R$ 1,11 bilhão. A segunda maior posição é na “Petrobras (PETR35)”, com R$ 895 milhões. As duas maiores posições concentram 11,33% do total alocado pela gestora em debêntures.

A gestora aloca seus recursos em 233 debêntures no mês de novembro de 2021.

As 30 maiores posições concentram R$ 10,6 bilhões, que representam 59,86% do total alocado em debêntures.

Quais gestores alocam nas 3 debêntures mais demandadas pela indústria
Utilizamos como referência a posição no mês de novembro de 2021, considerando as carteiras apresentadas à CVM até as 18hrs do dia 28 de março de 2022.

Listamos ainda as posições parciais do mês de dezembro/21 a fevereiro/22, considerando os fundos que já abriram as suas carteiras nesses meses.

Nova Transportadora do Sudeste S/A – Nts (NTSD12)

A tabela a seguir lista as 10 gestoras com maior posição no mês de referência. O Itaú Unibanco lidera a lista com R$ 2,5 bilhões, seguido pelo Santander, com R$ 1,1 bilhão.

Petrobras (PETR35)
Na tabela a seguir listamos os 10 gestores com maior posição no mês de novembro de 2021 na debênture da Petrobras. O Santander aloca R$ 925 milhões, Bram e BB DTVM ficam na segunda e terceira posições, respectivamente.
B3 (BSA313)
A lista a seguir traz as 10 gestoras com maior posição na debênture da B3.

O Itaú Unibanco lidera a lista com R$ 824,4 milhões, seguido pela Santander, com R$ 697,3 milhões.

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