A Equus Capital, gestora criada por ex-executivos da Tarpon, investirá na criação de uma empresa de energia renovável com dinheiro de um fundo aberto exclusivamente para esta iniciativa. Para isso, a companhia busca investidores interessados no projeto e iniciou o processo de captação de quase R$ 1 bilhão. A gestora cogita reforçar a captação ou emitir títulos de dívida e se mostra confiante na angariação, principalmente porque esse segmento está aquecido no Brasil. Há projeções que apontam que o crescimento na geração de energia no Brasil precisará ser de no mínimo 13% até 2027, alcançando 208,1 GigaWatts (GW), caso contrário, faltará energia. “Cerca de 2 anos atrás quase tivemos um apagão no país, quando os reservatórios ficaram vazios e isso pode se repetir. Além disso, o PIB este ano deve crescer mais de 3%. Quanto mais crescimento econômico, mais energia é necessária. Por questões estratégicas, ainda não podemos revelar as cidades, mas focaremos no Nordeste”, ressalta Felipe Vasconcellos, sócio da Equus Capital.

Isso explica porque a Petrobras (PETR3; PETR4) – que é a maior exploradora de petróleo em águas ultraprofundas do mundo – se vê em uma corrida épica para implementar soluções ligadas à energia renovável. A tendência é que este setor, hoje majoritariamente ocupado pela geração hidrelétrica, ocupe cada vez mais espaço. A confiança demonstrada pela Equus para o sucesso do fundo está além das fronteiras brasileiras. A gestora pretende atrair investidores estrangeiros, além dos brasileiros, por meio de debênture ou green bond. A Equus Capital trouxe para o quadro societário, Mário Lotufo, executivo sediado em Nova Iorque (EUA), com passagens pelo Rabobank, Robeco Asset Management e ALT Capital.

Para comandar o projeto, após meses de negociação, o time trouxe como CEO João Meirelles. O portfólio de Meirelles contém ativos estratégicos do setor de energia elétrica no país, além de sua experiência de anos à frente da China Three Gorges (CTG), onde foi responsável por coordenar o investimento de mais de USD$ 5.7 Bilhões para o desenvolvimento de 8,3 GW de energia. “Seria impossível fazer algo dessa magnitude sem termos junto conosco um dos maiores especialistas do mundo em grandes projetos de energia. O track record é um fator determinante para o nosso investidor, que espera segurança na execução dos projetos e, consequentemente, uma rentabilidade adequada e atrativa sobre o capital investido neste tipo de ativo”, explica Rubens Terra, sócio da Equus Capital.

A inspiração para o empreendimento veio de dentro de casa, visto que os sócios-fundadores da Equus participaram da oferta pública inicial da Omega Energia (MEGA3), em 2017, companhia que está avaliada, atualmente, em R$ 5,5 bilhões. A Equus foi fundada por Felipe Vasconcellos, Paulo Merotti, Rubens Terra e Felipe Uchida. O objetivo inicial era concentrar os investimentos em internet das coisas (IoT), big data e inteligência artificial. Entretanto, mais que isso, a empresa pretende olhar, agora, para “tendências inevitáveis de longo prazo”. Isso significa investimentos em projetos que acontecerão com certeza, independentemente da situação política, econômica ou qualquer instabilidade global, como uma guerra, por exemplo. Essa tese amplia muito mais o escopo. “Esta primeira fase do projeto de energia renovável é suficiente para abastecer uma cidade de até 150 mil habitantes”, explica Felipe Vasconcellos, sócio da Equus Capital.

Sobre a Equus Capital

A Equus Capital foi fundada em 2022 por sócios com mais de 10 anos de experiência em investimentos, tecnologia e gestão de empresas. Construímos uma cultura que incentiva o estudo constante, o rigor técnico, a racionalidade e a paciência, elementos fundamentais para resultados superiores e sustentáveis no longo prazo.

Nossa proposta de investimentos consiste em identificar e investir em teses inevitáveis de longo prazo, como energia renovável, Inteligência Artificial e soluções de descarbonização.

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