Nós somos 51% da população do país, comandamos 45% dos lares. Vivemos em média 7 anos há mais que os homens e ocupamos 53% do mercado de trabalho, segundo dados do IBGE. Uau! Então quer dizer que no mercado financeiro nós dominamos também?!

Infelizmente, não é bem assim… mas as mulheres têm conquistado espaços cada vez mais significativos na economia e na sociedade em geral. E muitas delas já são grandes investidoras.

E para servir de inspiração, vou compartilhar com vocês, queridas leitoras, 7 regras para quem quer se tornar uma Investidora de Sucesso:

  1. Estude, investir não é apostar.

Toda decisão financeira que uma pessoa toma é fruto da informação que ela tem à disposição no momento, em conjunto com seu modelo mental sobre a forma como o mundo funciona. E os investimentos fazem parte dessas decisões financeiras.

Muitas vezes nos deixamos levar pelas emoções, mas é preciso entender que o mundo dos investimentos vai exigir muito mais de nós. Daí a importância de estudar e conhecer, de fato o caminho que vamos começar a trilhar ou já estamos trilhando.

Sabemos que hoje, ao acessar a internet chovem informações sobre como ficar rico em pouco tempo, ou como ter uma rentabilidade espetacular no curto prazo. Mas fique alerta, o seu dinheiro “suado” com o trabalho do dia-a-dia merece cuidados. Busque informações em fontes seguras, contrate uma consultoria financeira, leia livros de autores especialistas na área. Conhecer o seu perfil de investidor também é indispensável.

  1. Tenha disciplina, invista todos os meses.

A disciplina é a conduta que assegura o bem-estar do ser humano. E é uma capacidade que pode ser desenvolvida por qualquer pessoa. Através dela evitamos agir precipitadamente e por impulso. Ela nos faz vencer a preguiça e a procrastinação.

E aí, será que a disciplina é importante nos investimentos?

Começar a investir de forma organizada e planejada, com a ajuda de um orçamento bem elaborado vai te ajudar a ter foco e não parar mais.

Lembre-se que através da disciplina você irá longe. Tendo constância nos seus aportes, sempre pensando no objetivo final, seja ela um sonho, uma necessidade e até a própria aposentadoria.

  1. Monte primeiro sua reserva financeira.

A reserva financeira é um valor que todas nós precisamos ter resguardado para qualquer eventualidade que possa acontecer, e até mesmo oportunidades que surgem ao longo do caminho. A perda inesperada do emprego, uma doença na família, o carro que bateu o motor e não está no seguro ou tem uma franquia alta, podem levar muitas pessoas ao sombrio mundo das dívidas ou a perda de bens que levou anos para conquistar. Qualquer um de nós está sujeito a algo que fuja ao nosso controle, o que muda é a maneira como cada um se prepara para lidar com essas mudanças de planos.

A reserva deve corresponder ao período de seis meses a um ano de todas as despesas essenciais de uma pessoa. As despesas essenciais são contas residenciais, alimentação, transporte, saúde e lazer. Por isso uma recomendação de que se faça um levantamento detalhado das necessidades mensais para calcular quanto seria o valor ideal desta reserva.

Feito isso, é preciso começar a investir mensalmente um percentual da renda até atingir o valor desejado ou necessário da sua reserva financeira.

  1. Defina seus sonhos e objetivos para guardar seu dinheiro.

Onde você está hoje? Onde você quer chegar?

E os seus sonhos e objetivos, já são claros para você? Já estão definidos na sua vida?

Se conhecer financeiramente é muito importante, além de trazer à memória os sonhos que estão adormecidos pelo fato de achar que não vai conseguir realiza-los.

Te convido a anotar os sonhos, metas e objetivos. Dê nome a cada a eles. Projete quando quer realiza-los e quanto custará cada um deles.

A pesquisa Raio X do Investidor, da ANBIMA, realizada entre os anos de 2017 e 2020 evidenciaram os principais objetivos dos investidores neste período:

  • Ter dinheiro guardado para emergências ou por segurança;
  • Comprar um imóvel, casa própria, terreno, quitar ou pagar parcelas da casa;
  • Usar na sua velhice ou aposentadoria;
  • Fazer uma viagem ou passeios;
  • Comprar carro, moto ou caminhão;
  • Investir em negócio próprio, reformar empresa ou comprar mercadorias;
  • Educação — estudar, fazer cursos, pagar estudos de outra pessoa, como filhos ou netos;
  • Construir ou reformar casa;
  • Deixar para os filhos, pensando em seu futuro;
  • Pagar contas e dívidas.

Os sonhos são nossos agentes motivadores, são eles que nos fazem levantar todos os dias com disposição de ir à luta. Defina o seu e comece a guardar para realizar!

  1. Pense no longo prazo. O tempo é seu maior aliado.

Quando falo em longo prazo, é necessário trazer uma outra palavra ao nosso contexto. E o nome dela é paciência. Não se constrói patrimônio, riqueza da noite para o dia, pelo menos não de forma lícita. Então, pense no longo prazo e traga a paciência como aliada sem esquecer da disciplina nessa jornada.

Investir a longo prazo significa aportar ou colocar dinheiro em ativos financeiros interessantes e adequados ao seu perfil de investidor com o objetivo de resgatar em alguns anos de acordo com os seus objetivos e sonhos pré-estabelecidos.

Quanto mais cedo você começar, melhor será o seu resultado!

  1. Não caia em promessas de dinheiro fácil.

Cuidado com promessas de dinheiro fácil. Esquemas de “pirâmides” estão em alta no país com promessas de ganhos muito elevados e com baixos valores investidos.

Já diz o ditado: “Quando a esmola é demais, até o santo desconfia”. E o que não falta por aí são pessoas tentando vender essas promessas. Veja a história de pessoas ricas e bem-sucedidas: nenhuma delas conseguiu chegar a sua atual posição sem muito trabalho, disciplina e dedicação. Então, poque com você seria diferente?

Mantenha os dois olhos sempre abertos!

  1. Viva com equilíbrio, invista e gaste com sabedoria

Economizar, poupar e investir – esse é o caminho que todas nós mulheres devemos percorrer em busca da liberdade financeira. Mas na prática, não é tão simples assim. Por isso, colocar os 6 passos acima em prática vai te ajudar e muito a viver com equilíbrio entre o gastar e o guardar, entre o poupar e o investir.

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