JORNALISTA RESPONSÁVEL: GRAZIELI BINKOWSKI

As fintechs, empresas financeiras com foco nas novas tecnologias e no atendimento digital, têm revolucionado o mercado bancário em muitos aspectos, e agora começam a oferecer no Brasil novas opções de investimentos. A reportagem avaliou quatro fintechs em crescimento e apresenta alguns produtos inovadores que chegam ao mercado. Nem todos investimentos que oferecem têm retorno garantido, e há aplicações com risco elevado e não cobertas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Confira e avalie se servem para você.

Vitreo

fintech Vitreo, que é gestora de recursos, fechou uma parceria com a Icatu Seguradora para oferecer um produto inovador no mercado brasileiro: o fundo de fundos (FoF). Conforme a empresa, uma aplicação como essa, até então, só estava disponível para clientes de altíssima renda. O produto, chamado FoF SuperPrevidência, reúne dez dos melhores fundos da categoria previdência. Entre as gestoras que compõem essa carteira estão nomes como Adam, SPX e Verde. Pelas regras do produto, o cliente tem acesso a um único plano com aporte mínimo de R$ 1 mil e taxa de administração de 0,6% ao ano. A empresa não divulgou a rentabilidade esperada do fundo. A expectativa da Vitreo é alcançar R$ 1 bilhão sob gestão em seu primeiro ano de vida.

“Queremos estar expostos a todos os investidores para oferecer produtos diferenciados”, afirma Patrick O’Grady, CEO da Vitreo.

Kavod Lending

É uma fintech de empréstimos coletivos, em que os clientes se reúnem para financiar empreendimentos comerciais. Atuando com foco em franquias, a Kavod Lending transacionou mais de R$ 5,8 milhões desde sua fundação, em outubro de 2016, e captou financiamentos coletivos para unidades do McDonald’s, Subway, KFC, Sterna Café, China in Box, Calvin Klein e FastRunner.

“O investidor faz um aporte mínimo de R$ 3 mil e recebe o valor atualizado mensalmente, em até dois anos. O retorno é alto em comparação a outros investimentos: varia entre 200% e 250% do CDI”, afirma Renato Douek, cofundador e diretor da Kavod.

A empresa atua com foco em franquias por acreditar que são modelos de negócios rentáveis para os empreendedores e com menor risco de inadimplência para o investidor. Além disso, não trabalha com empresas negativadas e que atuem há menos de 24 meses, além de exigir garantia real, o que mitiga o risco da operação.

Glebba Investimentos

A Glebba Investimentos realiza crowdfunding imobiliário, reunindo vários pequenos investidores para viabilizar a construção de loteamentos. O investimento pode ser feito por pessoas com mais de 18 anos e que tenham conta em qualquer banco. Para participar da “vaquinha”, o usuário realiza seu cadastro na plataforma e passa a ter acesso às ofertas e todas as informações a ela relacionadas. A partir daí, escolhe um projeto e informa o valor a ser investido, com pagamento por boleto. O perfil de aplicação é de risco moderado. De acordo com a empresa, a rentabilidade a médio prazo é mais alta do que a renda fixa tradicional, e pode passar de 17% ao ano para aplicações iniciais a partir de R$ 1 mil. Em 2019, a fintech planeja captar R$ 20 milhões em 15 projetos de loteamento.

Mais Retorno

A Mais Retorno avalia o perfil dos clientes, com base em documentação enviada anteriormente, e sugere opções de investimentos para o perfil de cada um, levando em conta capital, prazo, apetite por risco etc. Neste caso, a inovação é menos no produto e mais na forma personalizada como ele é oferecido ao cliente. As sugestões enviadas são de produtos como fundos de investimento, renda fixa tradicional, mercado de ações, previdência, entre outros.

“O interesse do brasileiro por investimento vem crescendo, mas muitos não conseguem encontrar informações claras sobre como aplicar seu dinheiro”, explica Danilo Ardenghi, um dos sócios do Mais Retorno.

Em pouco mais de um ano, a plataforma conta com 40 mil cadastros, sendo 700 investidores ativos.

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