O setor de infraestrutura é um dos segmentos que mais movimenta capital no Brasil e no mundo. Para os investidores, ele tem oportunidades tanto para quem deseja rentabilizar seu patrimônio quanto financiar o desenvolvimento da área.

Para você quem tem interesse no segmento, veja quais as principais alternativas do mercado financeiro para investir nessa área.

Alternativas para investir no setor de infraestrutura

FI-Infra

Os fundos de infraestrutura (FI-infra) são uma das principais oportunidades para você investir no setor a partir da bolsa de valores do Brasil, a B3. Afinal, como toda estrutura de fundo, são veículos coletivos com foco específico na atuação e gerido por um profissional. Oficialmente, eles são chamados de fundos incentivados de investimentos em infraestrutura.

São constituídos a partir da emissão e negociação de cotas no mercado primário. Do tipo condomínio fechado, por prazo determinado ou indeterminado, além disso, com suas cotas negociadas no mercado secundário (no mesmo estilo dos FIIs).

Os FI-infra podem realizar diversas operações no setor de infraestrutura brasileiro com objetivo de financiar as atividades do segmento. Portanto, é fundamental conhecer a política do fundo para entender as movimentações que o gestor poderá fazer com o capital.

Além disso, se destacam pela possibilidade de distribuírem dividendos para seus cotistas, embora não exista uma determinação de pagamento como aquela que existe nos fundos imobiliários (FIIs), atualmente, há diversos fundos que distribuem proventos mensais. Desse modo, eles podem ajudá-lo a compor estratégias com foco em renda passiva.

Outra vantagem dos fundos de infraestrutura é o benefício fiscal. Os rendimentos deles são isentos de Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas. Assim, o objetivo é atrair capital de terceiros para o setor.

Ações

Você pode investir no setor de infraestrutura através da compra de ações de empresas expostas ao segmento. Essa alternativa permite que você se torne sócio dessas companhias visando participar dos resultados obtidos por elas.

Dessa forma, o investimento acontece via Bolsa de Valores, nos mesmo formatos que com os fundos de infraestrutura. Ele pode ocorrer tanto durante as ofertas públicas de papéis das companhias no mercado primário, quanto pela negociação com outros investidores no mercado secundário.

Os lucros podem acontecer de duas maneiras. A primeira é com a valorização da ação, de modo a consolidar os ganhos vendendo sua posição. A outra forma de lucrar envolve os processos de distribuição de proventos, como dividendos e juros sobre capital próprio (JCP).

Como o setor de infraestrutura é amplo, há muitas empresas atuando nos diversos nichos da área. Há, por exemplo, empresas atuantes no mercado energia, companhias que operam desenvolvendo obras, saneamento, rodovias, ferrovias, entre outras.

Para investir em ações, é importante entender a área específica em que cada empresa atua. Dessa forma, será possível fazer seleções mais inteligentes para compor a sua carteira.

FIPs

Outro modo é investir em infraestrutura pelos fundos de participação (FIPs). Modalidade de veículo coletivo e, assim como as ações e os fundos de infraestrutura, podem ser negociados na B3.

Os fundos de participação se diferenciam de outras alternativas do mercado porque não envolvem apenas o direito de participar dos resultados das empresas. Neles, o gestor também assume um papel ativo nas organizações.

O objetivo é ajudar a empresa a se desenvolver e superar os desafios. Caso isso se concretize, na saída do investimento haverá uma valorização na participação da empresa. Nessa situação, a venda pode ser lucrativa.

Debêntures incentivadas

Saindo da bolsa de valores e dos investimentos de renda variável, você tem a oportunidade de investir em infraestrutura a partir de debêntures incentivadas. Portanto, são títulos de crédito privado de renda fixa emitidos por empresas não-financeiras.

As debêntures são instrumentos de captação de recursos. Quem investe está financiando um projeto em troca da remuneração com juros predeterminado na data de vencimento. Dessa forma, são classificadas como incentivadas por relaciona-se às obras de infraestrutura.

A principal vantagem para os investidores é a isenção de Imposto de Renda sobre os lucros — devido ao investimento ser feito em um setor relevante da economia. Por isso, elas podem ter rentabilidade líquida mais alta que as demais alternativas da renda fixa.

Porém, vale destacar que as debêntures não têm proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Por outro lado, os riscos mais altos também podem significar um aumento no potencial de ganhos para os investidores.