Ranking de Ações: ELET6 assume a ponta de cima com alta semanal de 16,04%! #SegueALíder
Qual ação estará no topo do Ranking?
A sua será a líder ou ficará na lanterna?
🌎 CENÁRIO EXTERNO
Fed, Biden e a retomada econômica
Mercados
Bolsas asiáticas tiveram uma sessão de recuperação, com altas generalizadas no Japão, na China e na Coreia do Sul. Na zona do euro, índices acionários amanheceram sem direções claras: o Stoxx 600, índice que abrange uma gama de ativos de todo o continente, se mantém em torno da estabilidade até o momento. Em NY, índices futuros também oscilam em torno do zero a zero, enquanto o dólar (DXY) volta a registrar perdas relevantes contra os seus principais pares. Na fronte das commodities, ativos ensaiam uma nova sessão de ganhos. O preço do petróleo (Brent Crude – ICE) registra avanço de 0,2%, negociado acima dos US$ 67,10/barril.
O Fed, Biden e a retomada econômica
Ativos de risco globais amanheceram sem direção única nesta 5ªfeira, com movimento de rotação para ativos cíclicos reforçado pela concentração das expectativas em uma retomada robusta nas economias desenvolvidas. A falas de Powell em frente ao Legislativo, que prometeram a manutenção de uma postura ultra-estimulativa do Fed por tempo prolongado, e os esforços do governo Biden, que trabalha para aprovar seu pacote de estímulos à economia de US$ 1,9 trilhão nas próximas semanas, contribuíram para intensificar esta tese nos últimos dias. Desta forma, em linha com o que temos acompanhado repetidamente recentemente; a manhã é caracterizada pelo avanço dos juros futuros em países desenvolvidos (com destaque para os EUA e o Japão) e das commodities.
Na agenda
Como principais destaques da agenda econômica do dia, o investidor recebe as encomendas de bens duráveis à indústria em janeiro (est.: +1,2%) e os novos pedidos de auxílio-desemprego na semana passada (est.: 750 mil) nos Estados Unidos.
CENÁRIO BRASIL
Fatiamento da PEC emergencial pode resultar em novos gastos sem nenhuma contrapartida
Debate sobre a PEC emergencial
Lideranças do Senado continuam a debater o teor da PEC emergencial – que agora é uma mistura de congelamento de despesas a serem acionados pelo crescimento dos gastos obrigatórios e mecanismos para viabilizar o retorno do auxílio emergencial. A intenção otimista do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), de votar a PEC no seu plenário hoje já foi descartada e o demista agora defende que o projeto seja fatiado para que a questão do auxílio seja tratada antes e separadamente dos mecanismos de contenção de gastos.
Governo quer trâmite unido
O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), já se posicionou contra a alteração nas mídias sociais. Caso o fatiamento ocorra, o risco de os gastos serem aprovados sem qualquer contrapartida fiscal é alto. O governo precisa proteger a integridade do projeto para que a aprovação do auxílio, que aparenta ser a mais alta prioridade para os novos presidentes do Legislativo Federal, seja usada como incentivo para que os gatilhos sejam instituídos.
Privatização do Correios
Logo na esteira da MP da privatização da Eletrobras, o governo apresentou ontem um projeto de lei que quebra o monopólio dos Correios e abre a empresa pública ao capital privado. O governo ainda estuda como a estatal será desestatizada; processo que pode resultar em uma venda direta ou até uma oferta pública (IPO). Para que seja respeitada a exigência constitucional da manutenção universal desse serviço; será criado o Serviço Postal Universal, que deve atender locais com menor atratividade para o capital privado. Segundo a redação da proposta, a Anatel deve ser responsabilizada pela regulamentação do novo setor de serviços postais.
Pauta liberal dá sinais de vida
Quão receptivo o Congresso será à privatização do Correios e da Eletrobras ainda é uma incógnita, mas o governo deve, no mínimo; reduzir críticas de detratores que reiteradamente o criticam por apresentar as propostas liberais defendidas durante a campanha de 2018. Fora os dois projetos relacionados às privatizações mencionados acima, também se destacam avanços feitos ontem: a sanção do projeto que garante a autonomia do BC e a aprovação do novo marco legal das startups na Câmara dos Deputados – este último ainda precisará retornar ao Senado devido a alterações feitas durante a sua passagem pela Casa Baixa.
Flexibilização da compra de vacinas
O Senado aprovou ontem um projeto que visa aumentar a disponibilidade de vacinas no Brasil. Agora, estados, municípios e até empresas privadas poderão comprar vacinas para suplementar as compras da União. A responsabilidade jurídica caso a aplicação da vacina resulte em algum efeito adverso já não será mais do laboratório que a produz – fato que deve destravar a compra do imunizante da Pfizer, que já recebeu aval definitivo da Anvisa. Em relação aos imunizantes a serem comprados por empresas; esses só poderão ser aplicadas após o término da imunização dos grupos prioritários e mediante doação de 50% das doses adquiridas à União. Fora essas duas imposições, a empresas poderão aplicar as doses como bem entendem.
Inflação
Mais cedo, o IGP-M de fevereiro superou a mediana das expectativas de mercado com uma variação positiva de 2,53% (est.: +2,22%). Assim como na 2ª prévia do índice de preços no mês, o destaque da alta ficou com um avanço de 3,28% do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) – componente com maior peso no índice geral –, apenas ligeiramente menor do que o salto de 3,38% verificado em janeiro. Naturalmente, a alta contínua das commodities, com destaque para o petróleo (preços de combustíveis para consumo avançaram 12,68% no mês), foi a principal responsável pelo movimento. Olhando para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), também houve uma nova desaceleração para 0,35% de 0,41% em janeiro. Por sua vez, este movimento foi puxado por um decréscimo relevante do grupo de alimentos; que teve alta reduzida para 0,18% de 1,52% no mês anterior. Em 12 meses, o índice acumula alta de 28,94%.
Na agenda
Além do IGP-M, o investidor avalia a nota de política monetária e operações de crédito do Banco Central (9h30); o resultado primário do governo central em janeiro (sem hora definida) e um novo leilão de LTN, LTF e NTN-F do Tesouro Nacional (11h30).
E os mercados hoje?
Mercados globais voltam a iniciar a sessão sem direções claras, onde uma retomada econômica e seus impactos nos mercados seguem como temas principais na medida em que se espera amplo suporte fiscal e monetário nas economias desenvolvidas. No Brasil, o governo engatou a apresentação de um PL que visa privatizar os Correios logo depois de enviar a MP da privatização da Eletrobras, no que parece ser uma forma de apagar a intervenção feita na Petrobras. Na ponta negativa, as discussões em torno da PEC Emergencial mantêm o investidor no escuro sobre o que de fato poderá ser votado e aprovado na semana que vem. Em função disso, esperamos uma abertura de viés neutro/negativo para ativos de risco locais que; apesar de se beneficiar do movimento de alta das commodities, seguirá tendo ganhos reduzidos pela falta de avanços concretos em Brasília.