A quarta-feira (26) começou com uma grande notícia para o mercado de fundos brasileiro: o Dynamo Cougar FIC FIA vai abrir captação para levantar cerca de R$ 1,1 bilhão. Essa é a primeira vez que o fundo, um dos melhores do mercado brasileiro, está captando desde 2011 – e animou o mercado: é uma grande sinalização de que a gestora, que já teve retornos de mais de 3.500%.

É a visão de Victor Oliveira, gerente de fundos da plataforma da Modalmais e que convive diariamente na indústria. “Sem dúvida alguma é uma sinalização que o mercado brasileiro está com boas oportunidades”, sinaliza. “Há uma grande oportunidade de entrada nas empresas locais. Vimos empresas, ao longo da última crise, recuperando seus resultados, ajustando seus balanços, hoje as empresas estão mais saudáveis, menos endividadas”, completa.

E enquanto elas fizeram esse movimento, o preço se tornou muito “bom”, sobretudo visto a desvalorização do real frente ao dólar nos últimos tempos. “Os preços estão muito convidativos, principalmente em dólar”, ressalta. Com isso, abriu uma janela muito boa para comprar ações. “Acredito que a reabertura do Dynamo é muito motivada por essa visão que existem oportunidades no mercado local, principalmente olhando em dólar”, destaca.

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A importância de fundos de investimento

Ao mesmo tempo que os preços estão atrativos e as oportunidades aparecem, estamos também em um ano de eleição – e uma eleição especialmente complicada. Isso pode ser um problema para o “investidor amador”. “Temos um cenário muito duvidoso para este ano, com eleição, e que precisa de cuidado. E ter alguém prestando atenção, estudando e preparado para fazer as readequações no momento certo traz muito mais segurança”, ressalta.

Portanto, Oliveira acredita que o melhor é buscar especialistas, profissionais de investimentos, que vão poder ajudar o cliente. “Sou super adepto de delegar a gestão para os fundos. Quando você tem uma doença, você procura um médico, você tem um problema no carro, você procura um mecânico. E nos seus investimentos você vai escolher sozinho?”, acredita.

Isso não significa que o investidor não tenha que fazer nada em todo o processo – não ter a mínima compreensão do que está acontecendo é um problema gigantesco para ele. “O seu papel tem que ser definir qual é o risco que você quer correr, e não o ativo final. E depois buscar os profissionais, que olham isso o tempo todo, isso lhe garante mais robustez”, afirma o especialista.

Como escolher um fundo de investimentos?

Decidido por buscar um profissional para fazer o trabalho, encontrar uma gestora não deveria ser complicado – há diversas maneiras de entender o case de cada uma delas, se aproximar e decidir quais são pessoas corretas para cuidar do seu dinheiro. “Gestoras são cases de pessoas, pouco importa o nome ou a marca. Importa as pessoas que estão lá dentro. E a equipe da Dynamo está junta há muito tempo, tem um histórico muito longo, dá para fazer uma análise mais profunda”, salienta Oliveira, que comanda o Cara a Cara, programa com gestoras semanalmente, para que você possa conhecê-las.

Ao buscar um profissional, é quase que um casamento: você precisa se sentir confortável com o modelo de atuação daquele fundo. “Tem que ver os processos de investimentos e objetivo do fundo. É muito importante que o investidor saiba que a rentabilidade passada não garante nada, mas se você tem a mesma equipe e processos de investimento e controle de risco robustos, você vai entender se o produto se encaixa ou não no seu perfil”, afirma.

Mesmo os maiores fundos possuem problemas por causa desse tipo de comportamento, de gente que adquire o fundo e não confia na estratégia, justamente por não compreender o que está acontecendo no momento. “É importante que você conheça como ele se comporta, para evitar comprar na alta e vender na baixa. Isso acontece muito! Até mesmo no Verde, que teve um raríssimo ano negativo, teve um movimento de saque”, termina.

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Felipe Moreno

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