Segundo os dados divulgados pela World Steel Association, a produção mundial de aço caiu 6,0% em março, comparada ao mesmo mês de 2019. No acumulado do primeiro trimestre de 2020, houve uma queda de 1,4% no volume produzido.

A diminuição da produção mundial de aço é uma má notícia para os grandes produtores de minério de ferro do Brasil, como a Vale e a CSN, que são fornecedores das siderúrgicas.

O único destaque positivo na siderurgia mundial em março foi a China, que apresentou uma pequena contração no volume (1,7%), considerando o momento de crise com o surto da Covid19. No trimestre, a produção chinesa mostrou um aumento de 1,2%, que é surpreendente, considerando os problemas que aquele país passou com a pandemia.

No Brasil, o volume de aço produzido em março caiu 10,6%, já refletindo as medidas de contenção da produção tomadas pelas siderúrgicas, antevendo os problemas de demanda advindos da quarentena. No 1T20, a produção nacional caiu 7,0%, piorando o número que já era negativo no primeiro bimestre (-6,4%). A produção e as vendas de aço não vinham bem no Brasil desde o ano passado, em função da demanda fraca e dos custos elevados.

Retirando os números da China, a produção no restante do mundo caiu 10,6% em março e 4,1% no 1T20. Em termos de regiões, o pior desempenho ocorreu na União Europeia. Nesta região, as reduções foram muito grandes em março, como na Itália (-40,2%), Alemanha (-20,9%) e França (-13,2%).

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Outros grandes produtores mundiais de aço também tiveram desempenhos muito ruins em março. Como exemplo temos as quedas na produção na Índia (-13,7%), Japão (9,7%) e Coreia do Sul (-7,9%).

Naturalmente se pode esperar que em abril a produção mundial de aço cairá ainda mais, com o aumento das medidas de isolamento social que vem ocorrendo na maioria dos países.

Neste ano, VALE3 caiu 18,4%, menos que o Ibovespa, cuja desvalorização no período foi de 31,1%. A cotação de VALE3 ontem (R$ 43,51) estava 24,1% abaixo da máxima alcançada em 2020 e 34,1% acima da mínima. No mesmo período, CSNA3 teve uma queda de 46,9%, perda maior que a sofrida pelo Ibovespa. CSNA3 estava cotada ontem a R$ 7,50/ação, valor 53,0% abaixo da máxima alcançada neste ano e 36,9% acima da mínima.

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