A produção industrial nacional caiu 0,6% na passagem de outubro para novembro, segundo mês consecutivo de queda, e acumula uma perda de 0,8% no período, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (8).

Em relação a novembro de 2023, a indústria cresceu 1,70% em sua produção, sexto mês seguido de expansão.

No ano, acumula alta de 3,2%, e, em doze meses, avanço de 3,0%.

Com esses resultados, a produção industrial encontra-se 1,8% acima do patamar pré-pandemia de COVID-19 (fevereiro de 2020), mas 15,10% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.

O que pesou na taxa negativa da produção industrial?

No confronto entre novembro e outubro de 2024, na série com ajuste sazonal, as atividades de maior influência negativa foram veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,50%), e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,50%).

IBGE observa base de comparação difícil

De acordo com André Macedo, gerente da PIM Brasil, a queda em novembro se relaciona não apenas com uma base de comparação mais elevada (em função dos 2 resultados positivos anteriores, período em que acumulou expansão de 12,70%), mas também pela perda disseminada dentro do setor, que alcança os principais produtos (automóveis, caminhões e autopeças).

O índice em novembro, diferentemente do que havia sido observado no mês anterior, mostra predomínio de taxas negativas, que alcançaram as quatro grandes categorias econômicas e dezenove dos vinte e cinco ramos industriais pesquisados.

Dentre as atividades econômicas, os bens semiduráveis e não duráveis apresentaram a maior variação negativa (-2,80%).

Esse segmento foi pressionado pelos recuos nos itens álcool etílico (afetado pelas condições climáticas desfavoráveis o que impactou a colheita e o processamento das empresas na produção do item) e nos itens relacionados aos setores de alimentos e bebidas (cervejas, chope e refrigerantes)”, ressalta André Macedo.

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