O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a produção industrial nacional mostrou variação positiva de 0,3% em março frente a fevereiro, na série com ajuste sazonal. Nesta comparação, houve altas em três das quatro grandes categorias econômicas e em quatorze dos 26 ramos pesquisados.

Já em relação a março de 2021, houve queda de 2,1%, oitava taxa negativa consecutiva nessa comparação. No acumulado do ano, frente ao mesmo indicador de 2021, a indústria recuou 4,5%. O acumulado nos últimos doze meses chegou a 1,8% em março e vem reduzindo sua intensidade de crescimento desde agosto de 2021 (7,2%).

Entre as atividades, as influências positivas mais importantes foram assinaladas por veículos automotores, reboques e carrocerias (6,9%), outros produtos químicos (7,8%), bebidas (6,4%) e máquinas e equipamentos (4,9%), com as três primeiras intensificando o avanço observado no mês anterior: 4,3%, 0,6% e 6,1%, respectivamente; e a última voltando a crescer após três meses consecutivos de queda na produção, período em que acumulou perda de 3,6%. Outras contribuições positivas relevantes vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (7,9%), de couro, artigos para viagem e calçados (8,9%) e de indústrias extrativas (0,9%).

Por outro lado, entre as doze atividades em queda, produtos alimentícios (-1,7%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,1%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-8,4%) exerceram os principais impactos em março de 2022, com a primeira interrompendo quatro meses consecutivos de alta, período em que acumulou expansão de 14,9%; a segunda marcando a segunda taxa negativa seguida e acumulando perda de 5,0%; e a última eliminando parte do avanço de 12,5% registrado em fevereiro de 2022. Vale destacar também os recuos assinalados pelos ramos de produtos de metal (-3,6%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-4,9%).

Entre as grandes categorias econômicas, bens de capital (8,0%) e bens de consumo duráveis (2,5%) assinalaram as taxas positivas mais acentuadas em março de 2022, com ambas intensificando os avanços registrados em fevereiro último: 2,5% e 1,4%, respectivamente. O setor produtor de bens intermediários (0,6%) também mostrou crescimento nesse mês, mas abaixo do verificado no mês anterior (1,8%). Por outro lado, o segmento de bens de consumo semi e não-duráveis (-3,3%) apontou a única taxa negativa em março de 2022 e interrompeu, dessa forma, três meses consecutivos de avanço na produção, período em que acumulou expansão de 4,3%.

Média móvel trimestral fica em -0,4% no trimestre encerrado em março

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou decréscimo de 0,4% no trimestre encerrado em março de 2022 frente ao nível do mês anterior, interrompendo, dessa forma, a trajetória ascendente iniciada em novembro de 2021.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de consumo duráveis (-2,9%) e bens de consumo semi e não-duráveis (-0,4%) apontaram os resultados negativos nesse mês.

Por outro lado, o segmento de bens intermediários (0,3%) assinalou a única taxa positiva em março de 2022, mantendo a trajetória ascendente iniciada em novembro do ano passado. O setor de bens de capital (0,0%), ao repetir o patamar do mês anterior, interrompeu dois meses seguidos de queda, período em que acumulou perda de 2,6%.

Frente a março de 2021, a indústria recuou 2,1%

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial assinalou recuo de 2,1% em março de 2022, com resultados negativos em três das quatro grandes categorias econômicas, 17 dos 26 ramos, 55 dos 79 grupos e 60,1% dos 805 produtos pesquisados. Vale citar que março de 2022 (22 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (23).

Entre as atividades, as principais influências negativas no total da indústria foram registradas por produtos de borracha e de material plástico (-14,5%), produtos de metal (-15,9%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-20,8%),

Vale destacar também as contribuições negativas de produtos têxteis (-17,7%), de móveis (-22,7%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,9%), de impressão e reprodução de gravações (-28,9%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-9,2%), de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-10,1%), de produtos diversos (-12,9%), de produtos de minerais não-metálicos (-3,8%) e de metalurgia (-2,4%).

Por outro lado, ainda na comparação com março de 2021, entre as nove atividades que apontaram expansão na produção, outros produtos químicos (8,0%) e bebidas (12,0%) exerceram as maiores influências na formação da média da indústria. Outros impactos positivos importantes foram registrados por veículos automotores, reboques e carrocerias (2,5%), produtos alimentícios (1,5%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,4%), produtos do fumo (17,9%) e indústrias extrativas (1,0%).

Entre as grandes categorias econômicas, ainda no confronto contra o mesmo mês do ano anterior, bens de consumo duráveis (-12,8%) assinalou, em março de 2022, a queda mais acentuada entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens intermediários (-2,2%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-1,2%) também mostraram resultados negativos nesse mês, com o primeiro apontando recuo mais intenso do que o observado na média da indústria (-2,1%); e o último com a redução mais moderada. Por outro lado, o segmento de bens de capital, com avanço de 4,4% em março de 2022, registrou a única taxa positiva entre as grandes categorias econômicas.

O setor produtor de bens de consumo duráveis recuou 12,8% em março de 2022 frente a igual período do ano anterior, nono resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação. Já a produção de bens intermediários apontou queda de 2,2% no índice mensal de março de 2022, oitava taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação.

O segmento de bens de consumo semi e não-duráveis recuou 1,2% em março de 2022, nona taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação enquanto o setor produtor de bens de capital mostrou avanço de 4,4% em março de 2022 frente a igual período do ano anterior, após registrar resultados negativos em janeiro (-8,5%) e fevereiro (-4,7%) últimos.

No acumulado do ano, recuo de 4,5%, com todas as grandes categorias em queda

O setor industrial assinalou queda de 4,5%, com resultados negativos em quatro das quatro grandes categorias econômicas, 22 dos 26 ramos, 56 dos 79 grupos e 65,6% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, as principais influências negativas no total da indústria foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (-10,2%), produtos de borracha e de material plástico (-16,3%), produtos de metal (-16,2%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-18,6%).

Vale destacar também as contribuições negativas assinaladas pelos ramos de produtos têxteis (-21,4%), de móveis (-28,4%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-16,5%), de metalurgia (-4,6%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-10,7%), de couro, artigos para viagem e calçados (-14,0%), de produtos de minerais não-metálicos (-5,3%), de indústrias extrativas (-1,7%), de máquinas e equipamentos (-2,9%), de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-10,2%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-5,5%).

Por outro lado, ainda na comparação com janeiro-março de 2021, entre as quatro atividades que apontaram expansão na produção, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (5,4%) e produtos alimentícios (2,4%) exerceram as maiores influências na formação da média da indústria.

Entre as grandes categorias econômicas, houve quedas em bens de consumo duráveis (-18,3%), bens de consumo semi e não-duráveis (-4,4%), bens intermediários (-3,4%) e bens de capital (-2,6%), mas os três últimos mostraram recuos menos intensos que a média da indústria (-4,5%).

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