As negociações no mercado do gado pronto estão um pouco mais lentas nesta semana. Não há indústria testando resistência de preços nos principais estados produtores, mas a ação de compra de parte dos frigoríficos está mais lateralizada no período, principalmente, nesta quarta e quinta-feira. Se existe cautela no lado comprador, a dosagem nas vendas menos cadenciadas pelo pecuarista brasileiro vão fazendo as escalas médias de abate estarem em até nove dias.A indústria “tira o pé do acelerador” nas aquisições, pois, caso não faça a tendência é dos preços da arroba do boi gordo subirem no curtíssimo prazo e o pecuarista segurando mais os animais nas pastagens disponíveis. A expectativa do comprador é ter mais chances de aquisições vantajosas ao final de maio, com a redução da capacidade de suporte dos pastos brasileiros.Pode ser que o comprador esteja tirando um pouco o “pé do acelerador” nas compras de animais para abates, mas não consegue segurar a estratégia por muito tempo, caso contrário consome os dias garantidos de escala de abates.Para se ter uma ideia, os abates extremamente volumosos, recordes no acumulado do ano, produz números históricos, como elevação na produção de carne bovina com alta de 18% comparado ao primeiro trimestre do ano, comparado ao mesmo período sazonal. Ainda falando dos primeiros três meses do ano, as exportações de carne bovina somaram 672,3 mil toneladas, com alta de 35% frente a 2023. A receita cambial para indústria exportadora subiu 20% no período considerado, chegando a US$ 2,3 bilhões.