A Prio (PRIO3), de Nelson Tanure, comunicou ao mercado na noite de quinta-feira,1º, que assinou um pré-contrato para a compra da Dommo Energia (DMMO3), a antiga OGX de Eike Batista.
O acordo foi firmado com a Prisma Capital (gestora de special situations).
O pré-contrato contempla a incorporação de 100% das ações da companhia, sendo que seus acionistas poderão escolher se preferem a sua parte em dinheiro (R$ 1,85 por ação), a ser paga em até noventa dias após a conclusão da aquisição, ou em ações da Prio (0,05 de PRIO3).
O memorando ainda determina que a Prisma conceda à Prio exclusividade na negociação e realização da transação.
Royalties à Dommo
O único ativo que a Dommo possui atualmente é o direito de receber 5% da receita (deduzida de royalties) do cluster de Polvo e Tubarão Martelo — operado pela própria Prio.
Vale mencionar que existe um componente adicional referente a créditos tributários de cerca de R$ 7 bilhões, que a Dommo possui por conta de prejuízos acumulados nos últimos anos na ordem de R$ 20 bilhões.
O analista Victor Bueno, da carteira Nord 10X, afirma que a transação com a petroleira de Tanure é o último passo da operação que a Prisma planejou há anos, sendo iniciada com a compra de bonds da antiga OGX e assumindo o controle (52%) da Dommo Energia no início deste ano.
Para a Prio, além dos créditos que poderão ser utilizados no futuro (que ainda precisam ser validados pela Receita Federal), a aquisição também facilita uma próxima fase da campanha de revitalização do cluster de Polvo + TBMT, que atualmente produz 17,5 mil barris de óleo por dia.