Dia 29 é dia de comer nhoque para dar sorte e, neste mês, também é dia da primeira Super Quarta de 2025. Até que os assuntos convergem. O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, está reunido desde as 10h da manhã desta terça-feira (28), a primeira sob comando do novo presidente Gabriel Galípolo, indicado por Lula  que, à época, acreditava, como muitos brasileiros e o mercado, que a taxa Selic estaria, ainda, no seu ciclo de queda. 

Engano. Inflação acima da meta, política fiscal frustrante, popularidade do presidente em baixa e a sinalização anterior do Copom de que viriam outras altas, não deve pegar ninguém de surpresa nesta Super Quarta (29), a primeira do ano, quando será divulgada a taxa de juros brasileira e nos Estados Unidos, o FED fará a mesma coisa, mas por lá deve seguir a queda ou mesmo manter. O nhoque por lá é da sorte mesmo.

De acordo com Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos, as expectativas indicam que os Estados Unidos devem elevar os juros em 0,25 ponto percentual. Enquanto isso, aqui no Brasil, o Banco Central projeta um aumento de 1 ponto percentual (pp), o que representa uma alta significativa. Essa estratégia do BC reflete a firmeza necessária para conter a desvalorização do real e restaurar a confiança no mercado. “Além disso, a inflação, especialmente no setor de alimentos, já está amplamente disseminada, tornando-se uma grande preocupação. Essa conjuntura exige um esforço adicional do Banco Central para manter o controle inflacionário”, disse Cunha.

Embora o aumento dos juros nos EUA seja menor, ele ainda pressiona o Brasil a manter um diferencial competitivo entre as taxas das duas economias, segundo o especialista. “Apesar das incertezas iniciais, as declarações recentes do novo presidente do Banco Central indicam uma postura firme, alinhada com as expectativas do mercado. Qualquer sinal de desvio dessa linha poderá gerar fortes reações e instabilidade. Agora, resta acompanhar como será conduzida a política monetária nesse novo comando”, comenta Paulo Cunha.

O que esperar da Selic?

“O Banco Central deve subir em 1 pp a taxa Selic nesta semana, para 13,25%. Essa será a segunda alta consecutiva de 1 pp, no ‘guidance’ dado em dezembro, ainda restaria mais uma alta de 1 pp na reunião de março”, projeta Leonardo Costa, economista do ASA.

De acordo com ele, de dezembro de 2024  para cá o cenário teve mudanças pontuais, mas mantendo o desequilíbrio dos riscos para inflação: 

(i) as expectativas de inflação seguem piorando, com elevação forte no curto prazo e desancoragem no médio e longo prazos;

(ii) a inflação corrente segue bastante pressionada pelos núcleos de inflação, o núcleo de serviços teve alta de 1% no IPCA-15 de janeiro e a média móvel de 3 meses bateu 8,7% (o que é inconsistente com a meta de 3%); 

(iii) a atividade doméstica aparenta desaceleração, mas os indicadores antecedentes ainda indicam ritmo de esfriamento muito gradual. 

“Em vistas do cenário atual, o Copom deve manter o discurso duro, indicando que deve subir o juro até onde for necessário para conter a piora dos últimos meses. Há dúvidas acerca do guidance, que deve passar para o singular, indicando apenas o aumento de 1 pp na Selic em março – havendo a possibilidade de ser mais duro e indicar aumento da mesma magnitude para maio (não acreditamos nessa possibilidade)”, afirma o economista.

O coordenador de Economia e Finanças da ESPM e economista-chefe da Way Investimentos, Alexandre Espirito Santo, tem a expectativa de que o Copom encaminhe a alta de 1 p.p., conforme sinalizado na reunião de dezembro. Além disso, ele também espera que o comitê reforce a elevação já antecipada para 19/03 e emita um comunicado “duro”, fortemente comprometido com a convergência para a meta no horizonte relevante.

Para Marcello Carvalho, economista da WIT Invest, “devido à situação atual da inflação, o mercado espera que tenhamos um aumento dos juros brasileiros na próxima reunião. Tudo indica que o Banco Central manterá sua palavra e elevará os juros em um ponto percentual. Com isso, nossa taxa de juros deve ir para 13,25%.”

 Nos EUA, segue o ciclo de queda ou não?

Os holofotes globais estarão inevitavelmente voltados para o Federal Reserve. O cenário mais provável aponta para a manutenção das taxas de juros nos EUA. De acordo com o FedWatch do CME Group, a precificação dos contratos futuros reflete uma probabilidade de 98% de que as taxas permaneçam na faixa atual de 4,25% a 4,5%, como ilustrado abaixo.

“Após reduzir a taxa de juros em 100 bps no ano passado, o Fomc deve manter os juros inalterados na primeira decisão do ano”, afirma Andressa Durão, economista do ASA. 

De acordo com ela, desde a última reunião, os dados de emprego apontam para um retorno a um cenário de mercado de trabalho apertado, enquanto o dado mais recente de inflação foi benigno. 

“Não se espera alterações no comunicado, e novas projeções serão apresentadas apenas na reunião de março. Assim, o foco estará na coletiva de imprensa de Jerome Powell, que deve reforçar o discurso de que o Fed pode ser paciente enquanto a economia e o mercado de trabalho permanecem sólidos. Isso sugere que os juros podem permanecer estáveis enquanto o Fed avalia os possíveis impactos das políticas de Trump sobre a inflação. Powell deve enfatizar que os movimentos futuros na taxa de juros dependerão dos dados, sem descartar ou se comprometer com um cronograma específico”, comenta a economista.

Para o coordenador de Economia e Finanças da ESPM e economista-chefe da Way Investimentos, Alexandre Espirito Santo, “o FED manterá a taxa, refletindo o mercado de trabalho apertado e até o novo governo Trump”. 

Marcello Carvalho, economista da WIT Invest, diz que, diferente do Banco Central brasileiro, o Federal Reserve deve encerrar a sequência de cortes dos juros nos EUA, deixando a banda de juros entre 4,25% e 4,50%. Apesar da manutenção dos juros ser melhor que seu aumento, o fato das taxas de juros norte-americanas permanecerem elevadas reduzirão as possíveis entradas de dólar que teríamos com nossos juros elevados, mantendo o câmbio alto por mais tempo.

Receita de nhoque para a Super Quarta


IA Gemini

Ingredientes

  • 1,5 kg de batata asterix (8 unidades médias)
  • 2 gemas
  • 1 xícara (chá) de farinha de trigo
  • sal a gosto
  • farinha de trigo para polvilhar a bancada

Modo de preparo

Lave, descasque e corte as batatas em pedaços grandes, de cerca de 4 cm. Transfira para uma panela média, cubra com água e leve ao fogo alto. Assim que ferver, junte 1 ½ colher (sopa) de sal, abaixe o fogo e deixe cozinhar por 20 minutos, até ficarem macias – espete com um garfo para verificar o ponto.

Escorra bem a água e passe as batatas ainda quentes por um espremedor, sobre uma tigela grande.

Quando a batata amassada amornar o suficiente para manusear, tempere com 2 colheres (chá) de sal e acrescente ¼ de xícara (chá) da farinha de trigo. Misture bem com as mãos.

Junte as gemas e amasse bem.

 Aos poucos, adicione o restante da farinha, amassando bem com as mãos, até dar o ponto de enrolar. Para verificar o ponto, lave as mãos e modele uma bolinha; se não grudar na mão, está no ponto. A quantidade de farinha de trigo usada na receita pode variar, mas evite adicionar em excesso, pois a massa ainda vai absorver mais farinha na hora de modelar.

Leve uma panela grande com água ao fogo alto. Unte duas assadeiras grandes (ou refratários) com óleo. Assim que a água ferver, misture 1 colher (sopa) de sal.

Enquanto a água ferve, polvilhe a bancada e duas assadeiras com farinha. Para modelar os nhoques, com uma porção de massa, faça um rolinho de cerca de 1 cm de diâmetro; corte em nhoques de cerca de 2 cm cada. Transfira para as assadeiras polvilhadas e repita o procedimento com o restante da massa.

Com uma escumadeira, mergulhe cerca de 20 nhoques por vez na água fervente e deixe cozinhar até subirem à superfície. Retire os nhoques com a escumadeira, escorrendo bem a água, e transfira para a assadeira untada com óleo. Cozinhe todos os nhoques e sirva a seguir com o molho de sua preferência.

(Fonte: www.panelinha.com.br)

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