CYRELA
A prévia operacional da Cyrela mostra um 4º trimestre mais fraco em relação ao 4T18, mas um forte crescimento no acumulado do ano, tanto em lançamentos quanto em vendas.
No documento divulgado, a empresa não destaca a razão do desempenho mais fraco no 4º trimestre.
Contudo, os números do ano, mostram que o setor vem se recuperando e com perspectivas positivas para 2020.
Lançamentos – No 4T19, a companhia lançou 27 empreendimentos totalizando um volume de R$ 2,39 bilhões, 11,7% inferior ao realizado no 4T18 (R$ 2,71 bilhões). As permutas nos lançamentos foram R$ 125 milhões no 4T19 vs. R$ 255 milhões no 4T18. No ano, os lançamentos atingiram R$ 6,80 bilhões, 34,9% superior em relação a 2018. A participação da Cyrela nos lançamentos do trimestre atingiu 74%, superior à apresentada no 4T18 (67%).
Vendas – As vendas líquidas contratadas no 4T19 somaram R$ 2,06 bilhões, valor 15,5% inferior ao registrado no 4T18 (R$ 2,44 bilhões). No ano, as vendas atingiram um volume de R$ 6,58 bilhões, 30,1% superior ao ano anterior. A participação da Companhia nas vendas contratadas foi de 74% no 4T19 vs. 71% no ano anterior. No ano, a participação da Cyrela nas vendas contratadas foi de 74% vs. 69% em 2018.
Os dados operacionais resultaram em um indicador de Vendas sobre Oferta (VSO) de 12 meses de 52,8%, ficando acima do VSO 12 meses apresentado no mesmo trimestre do ano anterior (45,1%) e inferior ao VSO apresentado no 3T19 (54,8%).
TRISUL
A Trisul divulgou sua prévia operacional referente ao 4T19.
Dentre os destaques:
• Foram lançados 5 novos empreendimentos no período, com VGV (% Trisul) no valor de R$ 288 milhões. No ano de 2019, os lançamentos atingiram um VGV de R$ 1,153 bilhão, alta de 74% em relação ao ano anterior;
• As vendas brutas totalizaram R$ 268 milhões no 4T19, representando uma Velocidade de Vendas (VSO) de 26%. No ano, as vendas totalizaram R$ 1,117 bilhão, aumento de 69% em relação a 2018;
• Foi entregue um empreendimento no quarto trimestre de 2019, com VGV de R$ 83 milhões.
HERING
O desempenho da companhia no 4T19 ficou abaixo dos números do 4T18, com redução na receita bruta no mercado interno (97,6% do total) e crescimento de 12,5% nas exportações, que respondem por apenas 2,4% das vendas. A seguir destacamos alguns problemas enfrentados pela empresa no período. Este fraco desempenho refletiu na cotação da ação HGTX3 com queda de 7,8% no mês de janeiro, fechando a R$ 31,37 ontem.
Destaques do trimestre:
• Crescimento de vendas “sell-out” de 48,2% no E-commerce;
• Desaceleração nas vendas “sell-in” no multimarcas e nas franquias em função da menor reposição;
• Abertura líquida de 14 lojas, invertendo a tendência de redução dos últimos trimestres;
• Conclusão do plano de reformas previstas na rede Hering (40 realizadas no 4T19 e 101 no ano);
• Inauguração de um novo formato de loja com jornada “one stop shop”;
• Integração de 91% das lojas no ecossistema Omnichannel, incluindo a rede de franquias e lojas próprias;
• Retração do SSS de 4,0% na rede Hering após sucessivos trimestres de crescimento.
No 4T19, a receita bruta da Cia. Hering atingiu R$ 502,9 milhões, 5,2% inferior ao 4T18, influenciada pela performance das vendas “sell-in” dos canais multimarcas e franquias, a despeito do crescimento do canal “e-commerce” (“sell-out”). As vendas mesmas lojas apresentaram queda de 4,0% na rede Hering. A companhia destaca o bom desempenho de vendas no período da Black Friday, com recorde nas vendas.
Ao longo de 2019 a companhia continuou evoluindo no processo de atualização da marca Hering com novas e efetivas iniciativas em produto, loja e comunicação. Algumas dessas iniciativas, não se traduziram em uma proposta efetiva para o período de vendas do Natal, sobretudo na agenda de presenteáveis. A companhia afirma estar implementando ajustes na estratégia de curto prazo e destacadamente para o Natal de 2020.
As vendas das lojas próprias apresentaram queda de 1,9% versus o 4T18. Apesar do aumento de fluxo nas lojas, observou-se uma queda na taxa de conversão, resultando em um menor número de atendimentos.
Já as vendas para franquias (“sell-in”), apresentaram queda de 5,2% em razão do fechamento líquido de 13 lojas nos últimos 12 meses, redução de 3,2% da área de vendas.
As vendas do canal multimarcas apresentaram declínio de 13,0% no trimestre devido ao menor número de clientes e queda na produtividade (-9,9% e -3,4% vs 4T18, respectivamente), notadamente nas coleções quentes, além da menor venda de produtos com maior valor agregado.
O e-commerce apresentou crescimento de 48,2%, atingindo 4,4% do faturamento da Cia (+1,6 p.p), impulsionado pelo aumento de fluxo nas plataformas e intensificação dos investimentos em marketing que contribuíram, principalmente, para o desempenho da Black Friday.
No Omnichannel a Companhia quadruplicou o seu faturamento vs. o mesmo trimestre do ano passado, encerrando o ano com 91% da rede integrada e previsão de conclusão no 1T20. Dentre as modalidades, destaque para o avanço do “pick-up” e “ship from store” que começam a ganhar tração.
O mercado externo apresentou alta de 12,5%, resultado de uma estratégia de reposicionamento de preços em mercados estratégicos, principalmente no Uruguai.
EZTEC
VGV lançado soma R$ 934 milhões no 4T19 e R$ 1,9 bilhão no ano, na ponta alta do guidance.
O desempenho de lançamentos e vendas da Eztec mostra um momento mais positivo para o setor e uma expectativa de retomada mais firme do mercado imobiliário para 2020.
A empresa deverá se beneficiar deste cenário positivo pela qualidade de seus empreendimentos e eficiência operacional e financeira.
A Ezrtec divulgou um guidance de lançamentos – revisado para cima – entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2,0 bilhões para 2019. O número do ano (R$ 1,898 bilhão) ficou perto de R$ 2,0 bilhões.
No 4T19, os lançamentos (VGV) da Eztec somaram R$ 934 milhões, aumento de 80,3% sobre o 4T18. Nos últimos três meses do ano a empresa lançou cinco novos empreendimentos: EZ Parque da Cidade; ID Jauaperi; ID Lisboa; PIN Internacional; e a segunda torre do projeto Reserva JB, parte do mega-condomínio Jardins do Brasil.
A meta de lançamentos para 2020 fica entre R$ 2,0 bilhões e R$ 2,5 bilhões em VGV. A Eztec empresa informa que realizou o lançamento do Fit Casa Alto do Ipiranga, empreendimento de perfil econômico na Zona Leste da Cidade.
O projeto possui VGV de R$ 80,9 milhões. Vendas líquidas – No 4T19, as vendas da Eztec somaram R$ 542,8 milhões, com R$ 23,2 milhões de distratos.
Na comparação com o 3T19, as vendas líquidas cresceram 58,5% e subiram 90% em relação ao 4T18. No ano, as vendas líquidas somaram R$ 1,562 bilhão. – novo recorde, superando em 8% o recorde anterior, de 2013.
TENDA
Lançamentos do 4T19 somam R$ 835,8 milhões, (+57,5% s/ o 4T18). No ano, a empresa lançou R$ 2,58 bilhões, crescimento de 34,6% sobre 2018 A construtora Tenda divulgou suas prévias operacionais do 4T19 e do ano.
No 4T19, os lançamentos somaram um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 835,8 milhões, aumento de 57,5% sobre o 4T18 e 9,8% maior que o 3T19. No acumulado de 2019, os lançamentos totalizaram R$ 2,575 bilhões, um crescimento de 34,6% na comparação com 2018.
Vendas líquidas – No 4T19, as vendas somaram R$ 615,9 milhões, crescimento de 34% em relação ao mesmo período de 2018. No acumulado do ano, as vendas líquidas da Tenda atingiram R$ 2,039 bilhões, 10% a mais que as apuradas em 2018.
O número ficou dentro do guidance estabelecido pela construtora para o ano passado, que era entre R$ 1,95 bilhão e R$ 2,15 bilhões. No 4T19, o índice de distratos sobre vendas brutas ficou em 8,0%, redução de 1,0 p.p. em relação ao 3T19.
Apesar do resultado positivo, parte das vendas que ficaram pendentes de repasse no 3T19 ainda não foi encaminhada, o que pode levar a um aumento dos distratos no 1T20.
Em 2019, o índice ficou em 8,9%, representando uma redução de 0,5 p.p. em relação ao ano anterior.
Ao final de 2019, a empresa possuía 67 obras em andamento, 52,3% a mais na comparação com o 2018 (44 obras). Em dezembro/19, o banco de terrenos atingiu VGV de R$ 10,62 bilhões, alta de 19,4% a/a.
Fontes: Relatório Guide, Planner e XP Investimentos.
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