Preços no varejo de material de construção vêm sendo pressionados pela alta de matérias-primas como minério de ferro e alumínio e a nova onda de desvalorização do real frente ao dólar.

Grandes redes do setor buscam negociar mais de perto com fornecedores, mas o têm enfrentado dificuldades para evitar o repasse de aumentos ao consumidor.

Concomitante a isto, gargalos na produção no mercado interno e externo, causadas pela pandemia, ainda levam à falta de determinadas mercadorias nas lojas.

Na lista de produtos afetados neste ano pela escassez estão linhas de louças e metais importados; tubos e conexões, madeira certificada e certos tipos de pisos. A oferta de tintas, que em 2020 sofreu com a falta de latas para armazenagem, já está mais estável.

Entre os produtos que têm sido alvo de novas tabelas por parte da indústria estão aço, fios de cobre, alumínio (esquadrias), tubos e conexões e louças para banheiro.

O cenário também reflete a mudança do comportamento do consumidor em 2020, que passou a demandar mais o material de construção.

O faturamento do varejo de material de construção no último ano cresceu 11%, e a projeção neste ano é de alta de até 5%; segundo a Anamaco, associação do setor. O aumento na entrega de imóveis novos pelas construtoras e a realização de pequenas reformas durante as medidas de isolamento social, além da liberação do auxílio emergencial, pesam nesse desempenho.

Impacto: Marginalmente Negativo. Além de empresas que operam com commodities, outros setores também estão sendo impactados pela alta dos preços. A indústria de material de construção vem sentindo uma pressão em torno do preço dos insumos; dólar em patamares elevados e aumento da demanda pelos produtos oferecidos, que dificilmente não são repassados no preço.

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