Ainda há um longo caminho a ser percorrido, por isso mesmo toda vez que alguma mulher tem seu valor reconhecido (elas se destacam todos os dias, fazendo coisas incríveis, mas nem sempre existe o reconhecimento) merece uma comemoração. Muito menos para enchê-las de orgulho e muito mais para que todos vejam, claramente, o quanto são importantes e necessárias no mundo.

Na última quinta-feira, 2, a ministra Anielle Franco (irmã da vereadora Marielle, assassinada no Rio) foi capa da revista Time, sendo eleita uma das mulheres mais influentes do mundo. Ela, que tem um histórico de luta invejável em sua carreira de educadora e jornalista, está entre as “12 líderes extraordinárias que trabalham por um mundo mais igualitário”, ao lado de Cate Blanchett, Quinta Brunson, Phoebe Bridgers, Mish Alinejad, Olena Shevchenko, Verónica Cruz Sánchez, Angela Bassett, Ramla Ali, Megan Rapinoe, Makiko Ono e Ayisha Sid, destaca Plurale em site

O avanço de Anielle não arrefece a luta no cenário nacional e internacional. Ao contrário, pode até ser um incentivo para quem anda cansada de “dar murros em ponta de faca”, como se dizia em outros tempos mas com igual esforço de hoje. Neste dia 8, quarta, comemora-se o Dia Internacional da Mulher. A pergunta sobre por que ainda precisamos de um dia assim é feita em alguns grupos e os números da desigualdade de gênero são a base da resposta.

“Em meu dia a dia de mulher branca e privilegiada, ainda passo por situações que não deveriam existir. Apesar de eu ser uma liderança em minha área, homens de mentalidade arcaica tentam me silenciar em reuniões, fazem piadas de duplo sentido em interações sem o menor nível de intimidade para tal, tentam regatear o valor do meu trabalho de modo mais agressivo do que fazem com colegas homens”, desabafa Tatiana Maia Lins, professora da ESPM e especialista em reputação, lembrando a ODS 5 (dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da ONU), versando sobre igualdade de gênero, tão debatida no mundo corporativo.

Dados oficias do país (IBGE, 2019) apontam que o percentual de cargos gerenciais é de 62,6% para os homens e 37,4% para mulheres. Quando a divisão é por cor da pele, as mulheres brancas ocupam 66,9% dos cargos gerenciais, restando 31,1% para pretas e pardas. Por região, o maior abismo está no Sul. Ali 86,8% das gerentes são brancas enquanto 12,7% dividem-se entre pretas e pardas.      

Enquanto tivermos mulheres que brilham por sua inteligência e sagacidade precisando “quebrar mais pedras” para serem reconhecidas que outras tantas que brilham apenas por força de suas joias, haveremos de bater nos índices e lembrar das comemorações.  

BIOMAS

A Marfrig comunica que foi consolidado o investimento de R$ 20 milhões na Biomas, companhia em que participa ao lado de Suzano, Rabobank e Vale.

A corporação atuará nas atividades de restauração, conservação e preservação de florestas no país.

RAÇÕES

A BRF, que está sendo tragada pela Marfrig, amarga prejuízo de R$ 3,1 bilhões em 2022, contra R$ 517 milhões de lucro no período anterior (2021). Fabio Mariano, CFO da BRF, agora admite estudos para a venda de ativos, como as linhas de rações para pets, bem como negócios florestais.

SHOPPINGS

O comércio anda um pouco mais animado. É que os shoppings brasileiros apresentaram crescimento médio de vendas em 15,2 %, comparando janeiro deste ano com o mesmo mês de 2022.

Informação é da Associação Brasileira de Shopping Centers, que aponta maior crescimento na região Centro-Oeste (18,25) e menor no Sul (14%).

SOLAR

Em pouco mais de 10 anos, o setor de energia solar trouxe ao Brasil mais de R$ 125 bilhões em investimentos e gerou 750 mil empregos, revelam dados da Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar).

Segundo a associação, a energia solar já responde por 11,6% de toda a matriz de energia do país. Nesta década de atuação, o setor evitou a emissão de 33,4 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade, reforça a Absolar.

RENTÁVEL

Além de ser uma fonte renovável e não agredir o meio ambiente, a energia solar se tornou um investimento com alta rentabilidade e segurança — afirma o investidor Sandro Marin, também diretor da Tek Trade, importadora de painéis fotovoltaicos.

“Como o Brasil é privilegiado, com alta incidência de irradiação de luz natural, as fazendas solares se tornaram um mercado que tem apresentado grande crescimento, pois garantem retornos anuais superiores a 20% do valor investido”, comenta Marin. 

ESG

Mulheres ESG é o título do livro que será lançado nesta quinta, dia 9, na Livraria Cultura (av. Paulista, 2073), às 19h, em São Paulo. A editora é a Leader, tem 379 páginas e várias coautoras – algumas das quais já marcaram presença em nossa editoria Universo ESG, com entrevistas e artigos, a exemplo de Cláudia Pitta, Denise Hills, Glaucia Terreo, Jamile Balaguer Cruz, Onara Oliveria de Lima, Sonia Consiglio e Tatiana Mia Lins.

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