Em 1989, o mercado de energia foi tremendamente influenciado pela notícia de que dois cientistas eletroquímicos, Martin Fleischmann e Stanley Pons, desenvolveram um sistema de reação nuclear, a qual deram o nome de fusão fria.

Se funcionasse, teria sido uma revolução no mercado de petróleo, pois o sistema, que ocorreria em temperatura ambiente, não ofereceria nem um tipo de risco, como o desastre de Chernobyl.

Infelizmente os experimentos não apresentaram os resultados esperados e a fusão fria caiu no esquecimento.

À época, até comecei a escrever uma ficção tendo esse assunto como tema. Mas desisti quando a Petrobras não permitiu que eu passasse alguns dias numa plataforma de petróleo da bacia de Campos, que seria essencial para o meu relato, embora a plataforma de meu livro se situasse no mar Cáspio.

Agora, neste fim de semana, voltaram a surgir notícias sobre a possibilidade de outra espécie de fusão fria.

Segundo o site da Bloomberg, “os Estados Unidos informam que, em novembro, cientistas fizeram avanços em energia de fusão.”

E complementam: “Pela primeira vez a equipe produziu mais energia do que consumiu em uma reação nuclear (inofensiva).

Uma revolução energética pode estar a caminho. Se confirmada, poderá ser o início do fim da era do petróleo.

É importante ficar atento ao desenrolar dos acontecimentos.

Ivan Sant’Anna

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