No balanço do segundo trimestre, o Banco Inter (BIDI11) reportou um lucro de R$ 18,2 milhões, resultado sete vezes superior ao do ano passado. Apesar disso, a expectativa do mercado não foi cumprida.

Isso se deve porque o preço da ação está elevado, ainda mais em comparação com o lucro do banco. Além disso, os analistas aguardavam um aumento bem elevado, colocando a relação entre preço e lucro (P/L) ainda mais próxima.

Grande aposta do mercado

Levando em conta a análise de ações, cujo principal indicador é o P/L, a relação entre preço e lucro do Banco Inter está em 2.034,9. Ou seja, a fintech levaria cerca de 2034 anos para reembolsar todo o montante aos seus acionistas.

Em contrapartida, bancos tradicionais como o Santander (SANB11) e Itaú (ITUB4) possuem a relação entre preço e lucro de 9,70 e 10,09. Isto é, o custo pode ser contabilizado no tempo de vida de uma pessoa.

De acordo com o BTG Pactual, esta relação entre preço e lucro deve reduzir até o fim de 2021 para 324,3. Já em 2022, a expectativa é que caia para 85,3.

Assim, se aproximando de algumas empresas como, por exemplo, a Weg (WEGE3). Uma vez que a expectativa de lucro do Inter se baseia em um  modelo de negócio extremamente alto para o mercado de bancos digitais.

Queda da ação do Inter

Após a entrega pouco satisfatória no balanço trimestral do Banco Inter, as ações BIDI11 registraram uma queda de 6,16% na Bolsa de Valores.

Portanto, a razão da insatisfação do mercado com o banco digital é, sobretudo, por não ter atingido as projeções esperadas.


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