As oscilações das taxas de juros influenciam a rotina das empresas, bem como, o progresso de uma economia também pode impactar em mudanças nos movimentos dos indicadores. Basicamente, a interferência das taxas de juros na rotina das empresas está diretamente ligada à receita (geração de lucros) e na possibilidade de realizar investimentos.

Veja como mais detalhes.

Taxas de Juros

Quando falamos de taxas de juros, utilizamos como referência a Selic, pois trata-se da taxa básica de juros controlado pelo governo federal para os investidores adquirirem os títulos colocados no mercado. Os títulos do governo, conhecidos como Tesouro Direto, apresentam elevada liquidez e baixo risco (o único risco é a chance de o governo federal não cumprir com o compromisso).

Portanto, dentre os investimentos da modalidade, os títulos do governo são a base de menor risco do país. Os demais produtos (de outras instituições financeiras) utilizam como referencia buscando entregar um prêmio (adicional de retorno) por conta do acréscimo do risco. Isso explica, o motivo de diversos investidores apreciarem os diversos produtos do Tesouro Direto, considerando a taxa Selic como um balizador para as demais taxas.

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Como as taxas de juros influenciam a rotina das empresas

Apesar de estarmos falando de uma modalidade segura, os títulos do governo federal não apresentam rentabilidade invariável ao longo do tempo. As necessidades de caixa do governo e o modo como a política monetária é conduzida pelo Banco Central influenciam no comportamento da Selic.

Como resultado, ela apresenta grandes movimentos de elevação e de redução: dado que se trata de uma taxa que serve de referência para o mercado como um todo. Portanto, uma elevação provoca o aumento das demais taxas fazendo com que seja mais difícil para as empresas conseguirem empréstimos. Por outro lado, no caso de redução das taxas o oposto também se aplica.

Na prática, a elevação das taxas dificulta a realização de investimentos, fazendo com que as empresas tenham que postergar seus projetos de expansão. Além disso, podem fazer com que as empresas enfrentem dificuldade de caixa. Caso apresentem elevada dependência de capital de terceiros e/ou possuam obrigações com taxas pós fixadas, consequentemente, o passivo aumentará em resposta à elevação dos juros.

Já com os relação aos Bancos, a elevação de taxa faz com que tenham que reduzir os empréstimos para os consumidores, diminuindo as compras, fazendo com que muitas empresas passem a observar menores margens de lucros, prejuízos e, até mesmo, falência. Desse modo, aumenta-se o risco de falência das empresas, fazendo com que a concessão de empréstimos seja mais arriscada.

Como resultado, os bancos podem preferir aplicar em títulos públicos, o que reduz ainda mais as possibilidades de investimento dessas empresas e contribui para a redução do nível de atividade econômica.

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Em períodos de queda dos juros, todo cenário negativo citado acima tende a se arrefecer. Desta forma, conforme o cenário e projeções de redução dos juros, as companhias podem se preparar para um ciclo de acesso ao crédito mais barato e acelerar os seus projetos.

Progressos das Empresas

Como vimos, as taxas de juros influenciam na rotina das empresas, tal situação pode impactar no planejamento corporativo como um todo. Deste modo, se faz necessário que seja realizada uma previsão do seu comportamento futuro quando se deve tomar decisões importantes.

Em geral, quando há este cenário de alta dos juros, as empresas optam por uma estratégia mais conservadora, reduzindo o nível de endividamento e aumentando a eficiência operacional. Por outro lado, se a expectativa futura for de redução de juros, elas devem adotar uma política mais agressiva, realizando novos investimentos a fim de aumentar a sua participação de mercado.

Considerando que a redução dos juros dá acesso a recursos mais baratos, resultando em aumento do consumo – via condições mais favoráveis de financiamento -. Cenário que tende a dar a oportunidade de maiores lucros e evolução dos indicadores corporativos.

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