A economia americana atrasará a subida do Ibovespa, segundo Volnei Eyng, economista e CEO da Multiplike, para quem os últimos indicadores por lá mostram que a alta do Produto Interno Bruto (PIB) foi puxada por consumo, governo e aumento de estoques. “O primeiro diz respeito ao consumo por parte das famílias, que vem aumentando, e o segundo se refere à injeção de capital que o governo aplica no país, para manter a atividade econômica”, explica.

“O aumento dos estoques, por sua vez, pode estar atrelado às greves, e ao baixo índice de desemprego. Os relatórios também mostram que há uma elevação na tomada de crédito por parte da pessoa física e uso das poupanças. Então, normalmente, quando a economia cresce por conta desses fatores no núcleo da inflação, ela acaba não sendo durável e, desta forma, a inflação deve diminuir na esteira dos movimentos do Fed”, destaca, fazendo menção ao Federal Reserve, o banco central americano.

“Por conta disso, acreditamos que na metade do ano que vem o Fed deve começar a baixar a taxa de juros de sua economia, é só o fato de não aumentar mais, já dá uma boa estabilizada”, ressalta, projetando que a autoridade monetária decida pela manutenção do juro no patamar atual na reunião programada para o dia 1º de novembro, quando acontece a Super Quarta.

“No cenário doméstico, a Selic, que é a taxa de juros da economia brasileira, atualmente em 12,75% ao ano, também atrasa a subida do Ibovespa. O Banco Central do Brasil (BC) também deve tratar do juro no dia 1º e a expectativa é de corte em 0,50 p.p”, reforça, elencando que a projeção para o Ibovespa ao final de 2023 é algo abaixo dos 115 mil pontos.

O executivo lembra, ainda, que iniciou a poucos dias a temporada de safra e balanços corporativos referente ao terceiro trimestre de 2023, quando as empresas abertas divulgam seus resultados e isso tambem traz volatilidade aos mercados.

PIB dos EUA

No dia 26 o governo dos EUA divulgou relatório informando que o Produto Interno Bruto (PIB), uma medida de todos os bens e serviços produzidos na economia, cresceu a uma taxa anualizada de 4,9% no terceiro trimestre. O PIB é ajustado pela inflação e pelas oscilações sazonais.

A autoridade norte-americana destacou que a economia cresceu a um ritmo ainda mais forte no terceiro trimestre, apesar das taxas de juro terem atingido o seu nível mais elevado em 22 anos.

Já a taxa de juros americana foi elevada em julho e mantida em setembro, mas pode sofrer novos aumentos nas próximas reuniões. Atualmente o Fed colocou a taxa de juros na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano.

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