A notícia desta quarta-feira (22) trouxe turbulência para as ações da Copasa (CSMG3) e Cemig (CMIG4), fazendo com que os papéis entrassem em leilão. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, sinalizou a possibilidade de federalização das empresas como estratégia para abater a dívida do estado com a União.
Dessa forma, Cemig (CMIG4) fechou o dia com uma queda expressiva de 9,71%, enquanto a Copasa (CSMG3) registrou uma queda de 2,83%. A afirmação de Zema, respaldada após reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, gerou incertezas entre os investidores.
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Copasa (CSMG3) e Cemig (CMIG4)
Conforme Gustavo Henrique Fabricio, da RPS Capital, destaca que a concordância de Zema praticamente elimina as chances de privatização em Minas Gerais. Esse posicionamento levanta questões cruciais para os investidores, conforme apontado pela Genial em seu relatório pós-evento.
Os três pilares de dúvidas mencionados pelos analistas da Genial são a falta de um ambiente favorável para privatizações em Minas Gerais. Bem como, as eventuais substituições dos executivos atuais da Cemig e Copasa, e as incertezas quanto aos salários aos acionistas minoritários, incluindo os valores oferecidos.
A Genial enfatiza que, se a federalização acionar o direito de retirada para os minoritários devido à mudança de driver, o valor patrimonial torna-se uma referência importante nesse processo. No entanto, todo o desdobramento desse evento será longo e complexo, especialmente considerando a necessidade de aprovação pela Assembleia Estadual de Minas Gerais.
Conforme os analistas do Itaú BBA, embora classifique o processo como desafiador, avalia a notícia como muito negativa para ambas as empresas. O consultor jurídico Rafael Favetti ressalta os avanços iniciais da discussão e os diversos desafios que precisariam ser superados para o avanço da federalização. Além disso, processo exige aprovação na Assembleia Legislativa de Minas e no Congresso, tornando ainda mais complexa a jornada.
O ponto de conflito
A possível federalização da Copasa (CSMG3) e Cemig (CMIG4), mencionada pelo governador Romeu Zema, mas ainda não confirmada pelas empresas gera conflito entre o futuro das empresas. Dessa forma, a simples dúvida sobre o futuro já se torna fator de elevação do risco.
Portanto, a incerteza quanto à privatização e às mudanças nos quadros executivos intensifica o receio dos investidores sobre o cenário futuro dessas empresas.
Esse cenário acrescenta um ponto de conflito que exige maior análise e cautela diante dos desdobramentos em curso. Fato que incentiva alguns investidores a trocarem posições por alternativas que oferecem maior nível de certeza, assim, explicando um dos motivos para a quedas das ações na quarta-feira.
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