O Instituto Markit Economics divulgou que a saúde do setor industrial brasileiro melhorou de maneira mais significativa em janeiro, após a perda de impulso de crescimento observada no final de 2019. Porém, os aumentos acelerados no volume de produção e nos registros de pedidos foram, na melhor das hipóteses, modestos. Um ponto positivo digno de nota foi um retorno à criação de empregos, que veio acompanhado de um grau robusto de otimismo em relação aos negócios no que diz respeito às perspectivas de crescimento.

O Índice Gerente de Compras™ (PMI®) IHS Markit para o Brasil, sazonalmente ajustado, cresceu de 50,2 em dezembro para 51,0 em janeiro, indicando uma melhoria mais forte nas condições operacionais que, mesmo assim, foi mais fraca do que a registrada, em média, em 2019. O crescimento permaneceu inalterado na categoria de bens de consumo e se fortaleceu na de bens intermediários, mas os fabricantes de bens de capital continuaram a indicar uma deterioração.

As empresas relataram mais um aumento nas vendas, o oitavo em oito meses, mas a recuperação foi modesta, apesar de ter aumentado em relação a dezembro. O crescimento resultou de uma demanda mais elevada, mas foi restringido pelas condições de concorrência, assim como por políticas econômicas imprevisíveis.

O volume de novos pedidos para exportação continuou a diminuir em janeiro. O ritmo de contração permaneceu acentuado, apesar de ter sido mais brando do que em dezembro.

Assim como a tendência para o total de novos negócios, o volume de produção do setor industrial aumentou a um ritmo mais rápido, embora não acentuado. O crescimento da produção nas categorias de bens intermediários e de bens de consumo contrastou com a redução observada nos fabricantes de bens de capital.

Publicidade

SIMULAÇÃO GRATUITA: Descubra onde investir e fazer o seu dinheiro render de verdade. Veja por aqui.

Diante de condições de demanda contida, os fabricantes se concentraram na conclusão de seus negócios pendentes. A quantidade de pedidos em atraso diminuiu a um ritmo acentuado que, apesar disso, foi mais brando do que o registrado em dezembro.

O nível de empregos no setor industrial cresceu a um ritmo mais rápido desde setembro passado, após a primeira redução no número de funcionários em cinco meses observada em dezembro. Onde houve um aumento no número de funcionários, os entrevistados citaram as expectativas de crescimento nas vendas, investimentos e a substituição de pessoal como causas.

O otimismo no que diz respeito às perspectivas de negócios também ficou evidente através de um elevado nível de sentimento em relação aos negócios. Na realidade, 78% dos participantes da pesquisa preveem um crescimento da produção no próximo ano.

Os fabricantes brasileiros continuaram relutantes em manter estoques excedentes, com os inventários tanto de insumos quanto de produtos diminuindo ainda mais no início de 2020. A queda nos estoques de compras ocorreu em paralelo a um aumento fracionário apenas na atividade de compra.

No tocante a outras dimensões da pesquisa, houve um aumento mais lento nos custos de insumos e uma recuperação mais acentuada nos preços de venda. O aumento geral nas despesas refletiu taxas mais altas para produtos químicos, metais, petróleo e plásticos, mas foi contido por descontos oferecidos pelos fornecedores que relataram ter estoques em excesso. No entanto, a taxa de inflação de custo de insumos excedeu a dos preços cobrados, como tem sido o caso há mais de cinco anos.

Publicidade

SIMULAÇÃO GRATUITA: Descubra onde investir e fazer o seu dinheiro render de verdade. Veja por aqui.

(MR – Agência Enfoque)

Publicidade

Saiba quando as empresas vão divulgar

seus resultados