O Instituto Markit Economics anunciou que a saúde do setor industrial brasileiro se fortaleceu pelo terceiro mês consecutivo em outubro, refletindo o crescimento contínuo nos volumes de novos trabalhos e de produção. As empresas responderam a isso comprando insumos adicionais, mas a atividade de contratação ficou tênue. Analisando as expectativas para o futuro, um grau forte de otimismo foi sustentado.
Apesar de ter caído de 53,4 em setembro para 52,2 em outubro, o Índice Gerente de Compras™ (PMI®) da IHS Markit para o Brasil, sazonalmente ajustado, continuou a mostrar, de um modo geral, uma melhoria nas condições de negócios. Além disso, o crescimento foi mantido nas categorias de bens de consumo, de bens intermediários e de bens de investimento. O subsetor de bens de consumo teve o melhor desempenho.
A melhoria das condições econômicas e o fortalecimento na demanda levaram a uma expansão adicional nos pedidos de fábrica do Brasil no início do quarto trimestre. De um modo geral, a recuperação geral nas vendas foi sólida, apesar de ter se atenuado, atingindo o seu ponto mais fraco desde julho.
Embora tenha havido um crescimento no volume de novos trabalhos, as vendas externas se contraíram pelo segundo mês consecutivo. Os exportadores que relataram uma quantidade de pedidos internacionais mais baixas mencionaram o enfraquecimento da demanda na Argentina e no Paraguai como causa.
Os fabricantes aumentaram a produção em outubro em resposta ao crescimento de novos pedidos. A alta, a terceira em três meses, foi sólida, apesar de ter se atenuado em comparação com setembro.
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Ao mesmo tempo em que os produtores de mercadorias aumentaram os gastos com insumos, o nível de empregos ficou basicamente estável. A criação de empregos nas empresas que procuravam administrar quantidades de vendas fortes foi contrabalançada por cortes nas empresas que se concentraram em medidas de redução de custos. Com relação às compras, houve uma expansão sólida, basicamente semelhante à registrada no mês anterior.
A demanda crescente por insumos, aliada à escassez de material junto aos fornecedores, causou um aumento sólido nos prazos de entrega. Como resultado, os estoques de compras caíram pela taxa mais rápida em dezesseis meses.
Da mesma forma, os estoques de produtos finais diminuíram, em outubro, da maneira mais significativa desde meados de 2018. Segundo os entrevistados, a queda ocorreu devido ao crescimento das vendas.
Devido em grande parte à depreciação do real em relação ao dólar americano, as cargas de custo médio cresceram ainda mais no início do quarto trimestre. Além disso, a taxa de inflação atingiu um recorde de alta de cinco meses e ficou acima da sua média de longo prazo.
Para proteger as margens de lucro, os produtores brasileiros de mercadorias aumentaram seus preços de venda novamente. A taxa de inflação de preços cobrados se intensificou, atingindo o seu ponto mais forte desde junho, e foi sólida para os padrões históricos.
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As projeções otimistas de crescimento foram mantidas em outubro, com os fabricantes antecipando ganhos de novos negócios, condições econômicas estáveis e a aprovação de políticas governamentais favoráveis para servir de base ao crescimento da produção nos próximos doze meses. O nível de sentimento positivo permaneceu elevado no contexto dos dados históricos, apesar de ter atingido um recorde de baixa de três meses.
Por: Agência Enfoque