Ranking de Ações: WIZS3 na lanterna com negativa de -8,67% na semana.

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🌎 CENÁRIO EXTERNO

Mais acomodação

Mercados

Na Ásia, mercados iniciaram a semana no vermelho, com baixas das bolsas de Tóquio, Hong Kong e Xangai. Enquanto isso, índices europeus abriram a sessão sem tendência bem definida: o Stoxx 600, índice que abrange uma gama de ativos de risco da região, oscila em torno da estabilidade. Em NY, índices futuros operam com viés negativo, registrando baixas da ordem de 0,4%, enquanto o dólar (DXY) segue em queda livre contra os seus principais pares. Na fronte das commodities, ativos têm desempenhos predominantemente negativos. O preço do petróleo (Brent crude) recua 1,6%, negociado próximo dos US$ 47,40/barril – assim como comentamos na 6ªfeira, o desentendimento entre membros da OPEP em relação ao tempo de extensão do período de cortes de produção segue pesando sobre o preço do barril.

Mais acomodação

Bolsas globais iniciaram a semana com viés ligeiramente negativo, com investidores realizando lucros após mais uma semana positiva para ativos de risco. O mercado dá uma pausa no movimento de “rotação” de ativos que tem trazido papéis cíclicos, além de outros setores muito afetados pela pandemia, de volta ao portfólio dos investidores. Vemos o ajuste como natural, e não acreditamos que isso implica uma mudança de tendência. Pelo contrário, dado o fluxo de notícias positivo em torno da distribuição de uma vacina; seguimos com uma visão fortemente construtiva para os mercados nos próximos meses.

Sem tempo hábil

Enquanto alguns países europeus já dão sinais de afrouxamento das medidas de distanciamento reintroduzidas para combater a 2ª onda de covid-19, os EUA seguem sofrendo com um alto número de novas infecções na falta de medidas de contenção mais agressivas. O Senado volta à ativa nesta 2ªfeira, mesmo que sem uma agenda bem definida e; com a Câmara retornando na 4ªfeira, sobrará pouco tempo hábil para o avanço de um novo pacote de estímulos até o final do ano.

Na agenda

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) Composto oficial da China abriu a agenda da semana. Ao superar estimativas tanto na leitura do setor de serviços como na indústria, a pesquisa realizada pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) reforçou o bom momento que vive a 2ª maior economia do mundo. Nesta 2ªfeira, o mercado recebe o índice de preços ao consumidor na Alemanha (10h); e o PMI industrial chinês mensurado pela Caixin, empresa do setor privado (22h45). De olho nos próximos dias, o Livro Bege do Fed (4ªfeira) – documento em que os diretores da instituição revelam suas percepções sobre o estado corrente da economia americana –, os PMIs de Europa e EUA (5ªfeira) e o Relatório de Empregos americano (6ªfeira) deverão ser alguns dos principais destaques da agenda.

CENÁRIO BRASIL

Semana do agora ou nunca para a responsabilidade fiscal

Plano de financiamento do Renda Cidadã

Com as eleições municipais no retrovisor, o governo não terá outra escolha a não ser revelar uma série medidas de austeridade que o presidente Jair Bolsonaro tem relutado para apresentar. Um plano de financiamento para o Renda Cidadã, uma expansão do Bolsa Família com a marca do bolsonarismo, pode estar entre as medidas divulgadas. Em outubro, um plano para financiar o programa com recursos destinados ao Fundo de Desenvolvimento Nacional de Educação Básica (Fundeb) e ao pagamento de precatórios foi mal recebido pelo mercado, que enxergou a inciativa como uma tentativa de driblar o limite estabelecido pelo teto de gastos.

Corte em incentivos tributários

Desde outubro, diferentes rumores surgiram de Brasília a respeito de como o programa seria financiado. Agora, a expectativa é que o programa seja custeado pela redução de incentivos tributários. Também existe a possibilidade que o governo anuncie uma expansão mais modesta do Bolsa Família que aumente a cobertura somente ao ponto de suprir minimamente as necessidades criadas pela pandemia, já que a última parcela do auxílio emergencial está prevista para dezembro.

Mercado quer que o governo tome decisões difíceis

Caso o governo apresente medidas que não tentam contornar o teto e enfrentam frontalmente os graves desafios fiscais vividos pelo Brasil, o mercado pode reagir bem. Infelizmente, o tempo que o governo terá para articular pela aprovação de tal medidas é curto – o recesso parlamentar do fim de ano tem início oficial no dia 23/12. Caso o governo não registre avanços até então, o Congresso só retomará esses assuntos em fevereiro. Também existe a possiblidade que os parlamentares encerrem os trabalhos logo antes do feriado do Natal e retomem as atividades no início de janeiro; mas este arranjo ainda depende de um acordo amplo entre os parlamentares de ambas as casas.

PEC Emergencial

O governo também prometeu revelar um projeto que regulamenta os gatilhos do teto de gastos – ou seja, os cortes que serão feitos ao Orçamento caso o governo não consiga apresentar gastos que não ultrapassem os do ano anterior corrigidos pela inflação. Tal proposta certamente desagradará servidores públicos, que devem sofrer com reduções nas suas jornadas de trabalho e salários. Os gatilhos também devem impedir o governo federal de realizar novos concursos e contratações.

Parecer do Pacto Federativo

O governo também pretende redefinir o conteúdo do Pacto Federativo. A repaginação da proposta deve ser feita em conjunto com o relator da proposta, o senador Marcio Bittar (MDB-AC). O parecer apresentado por Bittar deve finalmente concretizar o plano 3D do ministro Paulo Guedes, que deseja “desindexar, desobrigar e desvincular” os gastos do governo. O ministro aposta que os parlamentares serão atraídos pela possiblidade de ter uma maior participação na formulação do Orçamento. Não obstante, retirar as amarras dos gastos do governo federal invejavelmente abrirá o caminho para correções menores em áreas essenciais; como a saúde e educação, e pode congelar reajustes nas aposentadorias.

O futuro de Maia e Alcolumbre

Enquanto o governo e os seus aliados se ocupam com esta reformulação dos gastos públicos, o Supremo Tribunal Federal deve iniciar na quarta-feira a sua análise da Ação Direta de Inconstitucionalidade apresentada pelo PTB que visa impedir a reeleição do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM- AP). A expectativa é que o Supremo lava as mãos do assunto e permita que o Legislativo Federal decida sem intervenção judicial se os seus presidentes podem buscar reeleição dentro da mesma Legislatura.

Na agenda

Após o Boletim Focus do Banco Central abrir a agenda da semana com as projeções macroeconômicas do mercado (8h25), o investidor recebe o resultado consolidado do setor público (9h30). Como principais indicadores de peso na semana; o investidor também recebe a produção industrial de outubro (4ªfeira) e o resultado do PIB no 3º trimestre de 2020 (5ªfeira).

E os mercados hoje?

Mercados globais iniciaram a semana em tom levemente negativo, reflexo de um movimento de realização de lucros após o forte desempenho dos ativos de risco na semana passada. No Brasil, Brasília entra em um período de 3 semanas decisivo até o natal, dias que poderão dar direção ao quadro fiscal. No pano de fundo, a aproximação das eleições presidências do Legislativo promete atrapalhar o avanço das pautas econômicas na Câmara. O STF começa a avaliar a constitucionalidade das eventuais reeleições de Maia e Alcolumbre no meio da semana. Assim, na falta de novidades na manhã desta 2ªfeira; esperamos que o mercado local se movimente na esteira do internacional, com um viés levemente negativo na abertura.

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