A empresa apresentou um resultado fraco no 3T19, com queda na receita e nas margens e aumento dos custos financeiros, o que levou a um grande prejuízo.
Além disso, a atualização do valor justo das ações da Usiminas também contribuiu para o número negativo do trimestre.
O prejuízo consolidado da CSN no 3T19 foi de R$ 871 milhões (R$ 0,63 por ação), contra os resultados positivos de R$ 1,9 bilhão no trimestre anterior e R$ 752 milhões no 3T18.
A reforma do alto forno número três teve impacto importante no resultado operacional do 3T19, levando a uma redução do consumo do minério próprio e o aumento dos custos com
placas compradas.
No 3T19, as vendas de aço da CSN atingiram 1.072 mil toneladas, volume 16,9% menor que no 3T18.
Os volumes vendidos caíram em todos os mercados, com destaque para o mercado interno pelo maior volume negociado, onde houve queda de 17,8% (redução de 162 mil toneladas).
Esta diminuição nas vendas levou a uma queda de 18,7% na receita líquida da siderurgia (R$ 3,3 bilhões) na comparação com o 3T18.
Com isso, o EBITDA da siderurgia no 3T19 (R$ 105 milhões), ficou 53,3% abaixo do trimestre anterior e 83,9% menor que no 3T18.
Na mineração o trimestre também foi decepcionante.
O volume produzido de minério aumentou 13,6% em relação ao 3T18.
Porém, o total de minério vendido caiu 0,9% em relação ao trimestre 3T18 e 9,2% na comparação com o período anterior.
A principal razão da queda foi a redução de 65,9% no minério destinado à Usina Presidente Vargas, em função da reforma do Alto Forno.
Com a queda nas vendas e menores preços de realização, a receita deste segmento (R$ 2,3 bilhões) ficou 40,8% acima do 3T18, mas 24,4% menor que no trimestre anterior.
Assim, o EBITDA da mineração no 3T19 de R$ 1,3 bilhão foi 66,7% superior ao do 3T18, mas caiu 33,1% em relação ao trimestre anterior.
O aumento dos custos financeiros teve um papel crucial no resultado ruim do trimestre.
O efeito mais importante no 3T19 foi a variação cambial, negativa em R$ 282 milhões no trimestre, maior em 220,5% que no 3T18.
As despesas financeiras (sem a variação cambial) permaneceram praticamente estáveis (aumento de R$ 1 milhão) em relação ao ano passado.
Com isso, o resultado financeiro negativo do trimestre somou R$ 840 milhões, 98,6% maior que no 3T18 e 134,6% acima do 2T19.
A dívida líquida da CSN ao final do 3T19 era de R$ 27,6 bilhões, que aumentou 3,5% no trimestre, e 1,9% nos últimos doze meses.
A relação dívida líquida/EBITDA no 3T19 ficou em 3,8x, vindo de 3,8x no trimestre anterior e 4,9x no 3T18.
Nossa recomendação para CSNA3 é de COMPRA com Preço Justo de R$ 18,00/ação (potencial de alta em 33%).