O Banco Inter, registrou no 1T20 um prejuízo líquido de R$ 8,4 milhões, principalmente pela variação da marcação a mercado de títulos e valores mobiliários mantidos em tesouraria. Em base ajustada o banco reportou um lucro líquido de R$ 11,1 milhões no trimestre, em linha com o lucro líquido de R$ 12,1 milhões no 1T19.

Cotada a R$ 28,00 (valor de mercado de R$ 6,6 bilhões) as Units do banco (BIDI11) registram queda de 39,8% este ano, sendo negociadas a 3,0x o seu valor patrimonial.

Destaques

O banco destinou R$ 250 milhões a correntistas pessoas jurídicas, para antecipação de recebíveis relacionados a vendas no cartão de crédito. Esta linha, sem custo, é valida para clientes com empresas abertas há pelo menos um ano, para vendas com prazo de até 90 dias. Prazos maiores pagarão taxa de 1% ao mês, por até 36 meses.

O banco também anunciou uma parceria com a BRMalls (BRML3) para oferta de uma linha de crédito de até R$ 300 milhões para pequenos e médios varejistas que atuam em todos os 26 shoppings administrados pela empresa. Estas linhas terão prazos que variam de seis meses a 20 anos, com taxa de juros a partir de 1% ao mês, e não haverá cobrança de IOF para os contratos fechados entre abril e maio. Como garantia da operação, os empresários poderão usar imóveis comerciais ou residenciais, ainda financiados ou quitados.

O banco firmou uma nova parceria com a Mastercard que prevê o incremento de incentivos pela exclusividade da bandeira nos cartões Inter. Atingiu 2,7 milhões clientes ativos no 1T20, com crescimento de 147% frente ao 1T19. Destaque para o aumento do Cross Selling Index (CSI) que atingiu 2,73 produtos no 1T20, frente a 2,59 no 1T19.

As receitas totais somaram R$ 288,5 milhões no 1T20, com crescimento de 40,1%, impulsionadas pelas receitas de prestação de serviços que cresceram 83,4% no ano. O resultado bruto da intermediação financeira, antes da PDD, cresceu 18,8% para R$ 140 milhões no 1T20.

A margem financeira líquida ajustada alcançou 8,2% no 1T20, uma redução de 0,6 p.p. quando comparada ao ano 1T19. O custo de funding apresentou redução de 17,4 p.p. ao longo de doze meses, atingindo 58,6% do CDI.

A carteira de crédito ampliada somou R$ 5,6 bilhões no primeiro trimestre do ano, aumento de 52,7% na comparação anual. Ao final de março de 2020 o banco contava com 4,9 milhões de correntistas, alta de 155% sobre o primeiro trimestre de 2019.

A desaceleração observada na comparação trimestral das produções e carteiras de cartão de crédito, crédito imobiliário e crédito empresas, refletiram a sazonalidade já esperada para o primeiro trimestre do ano, e também a queda da demanda por novos financiamentos a partir da segunda quinzena de março por conta dos reflexos econômicos trazidos pela pandemia.

Os maiores níveis de provisão observados no 1T20 refletem a alteração do cenário macroeconômico a partir da segunda quinzena de março de 2020 por conta da pandemia de Covid-19. No 1T20, o Índice de Eficiência ajustado atingiu 74,8%, com queda de 4,4p.p comparado ao 1T19.

O banco alcançou 601 mil clientes ativos na Plataforma Aberta Inter (PAI) no 1T20, hegando a 12% da base de clientes e crescimento anual de 205%. Foram R$ 2,8 bilhões de volume transacionado no 1T20 em cartões, 21,7 vezes maior do que no 1T19.; e 130 milhões de acessos no App no trimestre.

Ao final do 1T20 o banco contava com mais de 2,5 milhões de clientes com saldo em conta (com saldo médio de R$ 1.049,00). O Inter é o principal banco de mais de 40% dos clientes ativos.

A originação do crédito atingiu R$ 1,3 bilhão no 1T20, com crescimento de 66% em relação ao 1T19. O Crédito Empresas cresceu 73% na mesma base de comparação, com produção de R$ 649 milhões no 1T20. O Crédito Imobiliário atingiu produção de R$ 328 milhões no 1T20 com crescimento de 13% comparado ao 1T19, e o Crédito Consignado alcançou R$ 376 milhões no 1T20, crescimento de 147% em 12 meses.

Entre o 1T19 e o 1T20 o total de ativos do banco cresceu 75,8%, para R$ 10,452 bilhões. Ao final do trimestre o patrimônio líquido era de R$ 2,1 bilhões, variação de 126% na comparação anual. No mesmo período, o Índice de Basileia chegou a 28,6%, com aumento de 2,8 p.p. ante o 1T19 e queda de 10,8 p.p. em base trimestral, reflexo do efeito de marcação ao mercado observado no resultado contábil.

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