Alpargatas (ALPA4) – Lucro líquido consolidado soma R$ 259,3 milhões em 2019, queda de 20% em relação a 2018
Em 2019, a Alpargatas registrou lucro líquido recorrente de R$ 431,6 milhões, valor 29,5% superior ao de 2018. No 4T19, o resultado foi de R$ 197 milhões, crescimento de 23,6% na comparação com o mesmo período no ano anterior. Já o lucro líquido no 4T19, considerando as operações continuadas, foi de R$ 135 milhões, crescimento de 14,1%.
Considerando as operações continuadas o resultado de 2019 foi de R$ 316 milhões, queda de 33,2% em relação a 2018, quando essa linha foi impactada principalmente por um evento não recorrente referente ao êxito em ação judicial de exclusão do ICMS da base de cálculo da COFINS de R$ 189 milhões.
Investimentos – No ano de 2019, os investimentos consolidados para sustentação/expansão das operações (CAPEX) da Alpargatas totalizaram R$ 160 milhões. Deste montante, R$ 69 milhões foram investidos na sustentação/manutenção das operações, e R$ 91 milhões foram direcionados à expansão das operações de varejo e projetos de ganho de eficiência fabril e de supply chain.
No final de 2019, a Alpargatas apresentava posição financeira líquida positiva de R$ 299,2 milhões, resultante de saldo de caixa de R$ 577,9 milhões (a geração operacional somou R$ 389 milhões em 12 meses findos em dezembro de 2019) e endividamento de R$ 278,7 milhões, com o seguinte perfil:
- R$ 176,9 milhões (63% do total) com vencimento no curto prazo, sendo R$ 125,0 milhões em moeda nacional. A dívida de curto prazo em moeda estrangeira somava R$ 51,9 milhões, dos quais R$ 31,3 milhões possuem swap para reais, e financiava, principalmente, o capital de giro das subsidiárias no exterior. Importante verificar que do saldo de caixa da Companhia, R$ 80,6 milhões são em moeda estrangeira;
● R$ 101,8 milhões (37% do total) com vencimento no longo prazo, sendo a totalidade em moeda nacional.
Dividendos – O Conselho de Administração, em reunião realizada em 07 de fevereiro de 2020, deliberou distribuição de dividendos no montante total de R$ 30.440.619,44 a serem pagos em 10 de março de 2020, referente ao exercício de 2019, tendo como base a posição acionária de 14 de fevereiro de 2020. Com base na cotação de fechamento da sexta-feira, o retorno para os acionistas é de 0,15%
BB Seguridade (BBSE3) – Sólido resultado do 4T19
A BB Seguridade registrou no 4T19 um lucro líquido ajustado de R$ 1.133 milhões, com crescimento de 34,9% em relação aos R$ 840 milhões do 4T18 reflexo da evolução de 34,0% do resultado operacional não decorrente de juros, combinado das coligadas e controladas, com destaque para o aumento nos prêmios ganhos e pela melhora do índice combinado da Brasilseg; e o efeito base de comparação resultante do desinvestimento do segmento de seguros patrimoniais e automóvel, concluído em novembro de 2018, já que no período outubro a novembro de 2018 tal investimento havia apresentado resultado negativo.
Ressalte-se ainda o incremento de 38,2% do resultado financeiro entre os trimestres comparáveis, notadamente pela evolução do resultado financeiro da Brasilprev, beneficiado por uma dinâmica favorável dos índices de inflação que atualizam os ativos e passivos dos planos de benefício definido.
Seguimos com recomendação de COMPRA e preço justo de R$ 40,00/ação. Na sexta-feira (07/fevereiro) a ação BBSE3 fechou cotada a R$ 35,36/ação, equivalente a um valor de mercado de R$ 70,7 bilhões, e queda de 2,8% este ano. Nesse preço o potencial de alta para a ação é de 13,1%.
O lucro líquido ajustado de 2019 alcançou R$ 4.306 milhões com crescimento de 21,3% em relação o lucro ajustado de R$ 3.549 milhões de 2018, e acima dos R$ 4.150 milhões que estimávamos.
Esse resultado é explicado principalmente (i) pelo crescimento das receitas de corretagem e melhora da margem operacional da BB Corretora; (ii) uma dinâmica favorável dos índices de inflação que atualizam os ativos e passivos dos planos de previdência de benefício definido, influenciando positivamente o resultado financeiro da Brasilprev; (iii) o crescimento de prêmios ganhos e melhora da sinistralidade na Brasilseg; e (iv) a redução da alíquota efetiva de impostos nas empresas Brasilseg, Brasilprev e Brasilcap.
Guidance para 2019.
No ano passado o total de prêmios emitidos proforma da Brasilseg (exDPVAT) cresceu 13,9%, ficando em linha com o intervalo projetado, entre 10% e 15%. A companhia superou suas estimativas de crescimento de (i) reservas de previdência da Brasilprev e (ii) do lucro líquido ajustado.
Em 2019 a BB Seguridade registrou um crescimento do lucro líquido ajustado de 21,3% acima do intervalo previsto entre 13,0% a 17,0% reflexo do desempenho acima do esperado do resultado financeiro combinado das companhias que compõem o conglomerado, impulsionado principalmente por uma dinâmica favorável dos índices de inflação; e pelo ganho de marcação a mercado resultante do fechamento da estrutura a termo de taxa de juros.
A variação das reservas de previdência – PGBL e VGBL da Brasilprev: em 2019, o saldo de reservas de previdência registrou expansão de 13,2%, superando o intervalo de crescimento projetado de 9,0% a 12,0%, em razão de uma rentabilidade média dos fundos de investimento onde estão aplicados os recursos dos planos de previdência maior do que a projetada.
Guidance para 2020.
Para 2020, a BB Seguridade manteve os indicadores “Prêmios emitidos da Brasilseg (ex-DPVAT)” e “Reservas de previdência – PGBL e VGBL da Brasilprev”, alterando apenas os nomes, e substituiu o indicador “Variação do lucro líquido ajustado” pelo indicador “Resultado operacional não decorrente de juros ajustado (ex-holdings)”.
De acordo com a BB Seguridade, “o novo indicador” reflete a variação percentual da soma dos resultados operacionais não decorrentes de juros das investidas Brasilseg, Brasilprev, Brasilcap, Brasildental e BB Corretora, antes de IRPJ e CSLL, ponderados pelas participações acionárias detidas em cada empresa e descontados os efeitos de eventos extraordinários.