Na sucessão empresarial, a diferença entre planejamento e improvisação pode definir o futuro de um império. Recentemente, Guilherme Leal, cofundador da Natura, formalizou a transferência de 3% de suas ações para os filhos, mostrando um planejamento exemplar. Isso contrasta fortemente com o legado deixado por João Carlos Di Gênio, cujo falecimento resultou em uma disputa familiar sem precedentes, marcada pela falta de um testamento, como reporta o InfoMoney.
Análise das Empresas
Tanto a Natura quanto o Grupo Objetivo são gigante brasileiros, mas a chave do sucesso e da continuidade está na sucessão. Leal e seu sócio, Luiz Seabra, garantiram um processo suave e ordenado de passagem de bastão. Enquanto isso, a falta de planejamento de Di Gênio resultou em um inventário que pode ser considerado o mais complicado do Brasil, com um patrimônio avaliado em mais de R$ 30 bilhões, envolvendo escolas, fazendas e diversos ativos.
Consequências de Não Planejar
A ausência de planejamento sucessório pode gerar um desgaste emocional e financeiro significativo. As disputas legais em torno da herança de Di Gênio envolvem até alegações de paternidade, enquanto sua esposa enfrenta conflitos com outros membros da família sobre a gestão dos ativos. Já a Natura se prepara para uma sucessão tranquila, assegurando o futuro dos negócios.
A Necessidade do Testamento
Um testamento adequado poderia evitar conflitos e garantir que a vontade do falecido fosse respeitada. Especialistas em sucessão, como Renata Bilhim, afirmam que o planejamento é essencial e deveria ser uma prioridade para quem construiu patrimônio.
Impacto nos Negócios
Empreendedores frequentemente presumem que seus filhos herdarão a gestão dos negócios, mas essa expectativa nem sempre se realiza. Segundo Eduardo Diamantino, apenas 12% das empresas familiares sobrevivem à terceira geração com membros da família no comando.
Planejamento Para o Futuro
Um bom planejamento começa com um levantamento completo do patrimônio e a consideração dos aspectos tributários. Criar uma holding ou fazer doações em vida são estratégias comuns, como demonstrado pelo exemplo da Natura. Planejar a sucessão é um passo crucial para proteger o legado familiar.
Novas Oportunidades de Investimento
A situação da herança de Di Gênio traz à tona uma novidade: investidores começando a comprar parte dos direitos de herança de modo a acelerar processos de disputa, uma tendência ainda recente no Brasil. Essa prática, comum em outros países, busca maximizar retornos com ativos em disputa.
Em resumo, o planejamento sucessório não é apenas uma questão jurídica; é uma estratégia de investimento. Herdeiros e investidores devem estar atentos ao impacto de um sucessão mal planejada nos negócios e em seus próprios investimentos. Para estudar mais a fundo sobre como proteger e diversificar seu patrimônio, acesse o Clube Acionista, onde você encontrará oportunidades para otimizar seus investimentos, incluindo ações, fundos imobiliários e renda fixa, baseando-se em análises de especialistas.