Ibovespa mostra sinais de recuperação e FED se reúne nos EUA para divulgar a taxa de juros; PIB do Brasil é divulgado

A volatilidade voltou a ser protagonista no cenário do Ibovespa nesta semana, apesar de sinais iniciais de recuperação. Impactado pelo payroll dos EUA e especulações acerca de ajustes fiscais e novas metas inflacionárias, o índice brasileiro reverteu seu curso, ingressando em território negativo. 

Nos EUA, os dados de emprego de maio impulsionaram expectativas de que o FED possa manter uma postura menos agressiva no corte de juros, resultando em um aumento nas taxas dos títulos do tesouro. Contudo, esse cenário não impediu que os principais índices de Wall Street encerrassem a semana em alta.

O mercado de trabalho nos EUA apresentou um vigoroso desempenho em maio, com a criação de 273 mil novas vagas, superando as expectativas dos analistas, que projetavam um aumento de 182 mil empregos. Este resultado evidencia uma retomada robusta da atividade econômica no país.

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Em uma medida que reflete as crescentes preocupações com a desaceleração econômica e a diminuição das pressões inflacionárias, o Banco Central Europeu tomou a decisão de cortar as taxas de juros em 25 pontos-base, estabelecendo-as em 4,25% ao ano. 

A autoridade monetária justificou sua ação apontando para as expectativas de recuo na inflação e o enfraquecimento da atividade econômica no continente. Além disso, enfatizou que futuras decisões sobre a política monetária estarão estritamente atreladas à evolução dos indicadores econômicos.

Enquanto isso, a Balança Comercial chinesa apresentou sinais de recuperação, com um desempenho das exportações superior ao esperado e um ritmo de importações ligeiramente abaixo do projetado.

Fonte: Investing

Cenário Local

No primeiro trimestre de 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) registrou um crescimento de 0,8% em relação ao trimestre anterior e uma expansão de 2,5% em comparação ao mesmo período do ano passado, superando as expectativas do mercado para o desempenho trimestral. 

O setor de serviços foi o principal motor deste avanço, enquanto a agricultura apresentou resultados robustos, embora tenha mostrado um desempenho inferior ao do 1T23. Além disso, após períodos de retração, o investimento demonstrou sinais de recuperação, marcando uma retomada importante para a economia.

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Fonte: B3

Juros

A curva de juros registrou um aumento significativo, impulsionada por temores relacionados à política fiscal e pela perspectiva de manutenção de taxas de juros elevadas nos Estados Unidos por um período prolongado. Ademais, esse movimento veio à tona após a divulgação de um relatório de empregos (payroll) referente à maio, apontando uma economia mais aquecida do que o esperado.

Câmbio e Commodities

O real segue em queda frente a um dólar fortalecido no cenário global, impactado por um mercado de trabalho robusto nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, o preço do barril de petróleo registrou recuo, influenciado pelas previsões da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

As previsões da OPEP apontam para um aumento gradual na oferta de petróleo, estimado em mais 2,2 milhões de barris diários, entre outubro/24 e setembro/25. Além disso, as commodities metálicas também apresentaram queda no mesmo período.

Leia também: Qual o panorama dos balanços empresariais do 1T24? 

Renda Fixa

As taxas de renda fixa mantiveram-se em níveis elevados nesta semana, com as Notas do Tesouro Nacional série B (NTNBs) ultrapassando novamente a marca de IPCA+6,20%. Esse movimento é atribuído à expansão da curva de juros e ao aumento das expectativas de inflação, conforme indicado pelo relatório FOCUS. Este cenário reflete a dinâmica corrente do mercado financeiro, onde investidores e analistas ajustam suas projeções diante das novas informações econômicas.

Perspectivas para a semana

A agenda econômica global desta semana está carregada de eventos cruciais. Os holofotes estarão voltados para os Estados Unidos, onde será anunciada a decisão sobre a taxa de juros e divulgados os índices de inflação.

Por fim, na China, os observadores do mercado aguardam os números relativos à inflação ao consumidor e produtor. No cenário nacional, as atenções estão voltadas para a divulgação do IPCA, dados sobre o setor de serviços e as vendas no varejo.

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