A única certeza que devemos ter é a impermanência, ensina a filosofia e a vida. Em meio a tanta volatilidade (como quebra de safra, movimentos abruptos de governos e até mesmo uma guerra, como recentemente ocorreu na deflagração do evento que tem a Ucrânia no centro das atenções, e preocupações) o mercado financeiro sabe que é preciso adotar a cautela sempre.

Em 2022 houve quebra de safra da soja, por exemplo (atribuída à La Niña), daí a base de comparação ter ficado mais fraca. Mas… o crescimento do PIB do primeiro trimestre deste ano, comparado com o imediatamente anterior (último de 2022), de 1,9%, realmente deu uma bela injeção de ânimo na economia de forma geral. A performance do agro (21,6%) uma vez mais puxou o PIB nacional, enquanto a indústria andou de lado (- 0,1%) e ainda se mostra reticente quanto às expectativas para o 2T23. Talvez a história do carro popular possa criar algum efeito sazonal, desafogando (ainda que parcialmente) o mercado de automóveis que está ligeiramente travado esperando anúncio de um pacote que promete sacudir o mercado. Há controvérsias no próprio setor. Já os setores industriais da construção (-0,8%) e da transformação (-0,6%) andam de farol baixo, enquanto o extrativista ri à toa (+ 2,3%) e a de eletricidade, gás, água e esgoto comemora (+1,7%).

Nessa gangorra, não custa lembrar que a taxa de investimento no 1T23 foi de 17,7% do PIB, abaixo da efetivada no mesmo período de 2022 (18,4%). É um índice a ser monitorado. Voltando ao lado bom dessa história, cabe destacar que a agência Austin Ratings revelou que o Brasil é o quarto melhor país em crescimento do PIB no primeiro trimestre, perdendo apenas para Hong Kong (5,3%), Polônia (3,8%) e China (2,2%).

Com isto, revisões de crescimento passam a ocorrer novamente. A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda aposta em alta de 1,9% para o ano (contra previsão anterior de 1,6%) enquanto os bancos aceleram mais as projeções, com o Bradesco sugerindo 2,1%, Bank of America 2,3% e JP Morgan 2,4%. Até o fechamento de mercado, na sexta, Itaú, Santander, XP e C6 não tinham se posicionado. Otimismo é sempre bem-vindo, mas com canja de galinha fica ainda melhor.

CELULOSE

Em Fato Relevante disparado no fechamento de mercado de sexta-feira, a Suzano diz que reduzirá em 4% o volume de produção de celulose neste ano. Na justificativa, a companhia assinala que o volume não traria o retorno adequado em um momento de mercado “mais complexo”.  

DERIVATIVOS

A B3 já aceita o registro de derivativos de crédito de empresas brasileiras em consonância com a resolução CMN N° 5.070, de 20 de abril de 2023, que estabelece as modalidades, as condições e os procedimentos para a realização de operações de derivativos de crédito no País, informa a bolsa.

Esta resolução reformulou o ambiente regulatório de derivativos de crédito, que podem ser negociados em balcão e registrados em duas modalidades: swap de crédito (Credit Default Swaps/ CDS), que oferece proteção contra inadimplência e riscos com pagamentos periódicos aos vendedores, e o swap de taxa de retorno total (Total Return Swap/ TRS), no qual existe troca de fluxo de caixa entre as partes.

TITITI

No próximo dia 14 a Eletrobras completará um ano de privatização. O resultado é de performance negativa das ações, em 15%, que segundo especialistas do mercado deve-se ao “tititi” provocado pelos comentários de reestruturação (com o governo reassumindo o controle da companhia), que os mais conservadores chamam de turnaround.

CARNES

A Marfrig e o fundo soberano da Arábia Saudita Salic anunciam o aporte de R$ 4,5 bilhões no caixa da BRF, com 50% de cada parte. Com isto, a Marfrig passará a deter 38,7% do capital da BRF (aumentando em 5,7 % a participação atual), enquanto a Salic passará a ter 16% da companhia. A operação precisa ser aprovada em assembleia de acionistas.

De acordo com a Marfrig, este aumento de capital tem como objetivo melhorar o quadro financeiro da empresa, cuja dívida liquida estava em R$ 15 bilhões no encerramento do primeiro trimestre deste ano.

A Arábia é o maior importador de frango da BRF S/A (companhia formada por Sadia e Perdigão, atuando em 130 países).

PLÁSTICOS

A Natura deu início a um projeto para eliminar o plástico de uso único de todas as amostras de perfumaria, até o final da década, tornando as embalagens 100% reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis.

Assim, a partir de agora as embalagens serão gradualmente feitas de papel de fontes renováveis e oriundo de florestas plantadas e certificadas. O processo é realizado em parceria com a Suzano, referência na fabricação de bioprodutos a partir do cultivo de eucalipto.

Os flaconetes, que hoje são de plástico virgem, também passarão a ser de plástico 100% reciclado. Com esse movimento, todos os anos, cerca de 83 toneladas de plástico de uso único deixarão de ser descartadas no meio ambiente e, consequentemente, no principal destino desses resíduos: os ecossistemas marinhos. A empresa também destaca a sua busca em alcançar zero emissões líquidas de carbono até 2030.  

BELIEVE!

Acredite! Um desconto que poderá chegar a 10,8% no preço final é o que se espera para os próximos dias no mercado automotivo. Como a validade é para carros de até R$ 120 mil, já tem marca anunciando o seu “SUV popular”, a preços módicos de R$ 119.990,00.

CLUBE

Mas enquanto muita gente aguarda as decisões em nível macro, micro ou mico mesmo, tem investidor que faturou 18,95 % em sua carteira no mês de maio. Isto equivale a índice 188% acima do Ibovespa, lembrou o comunicado do Clube Acionista que circulou na última semana.

E vc, já faz parte desse time de vencedores? Acesse  https://acionista.com.br/clube/ e confira o Raio-X de Empresas, as Análises e Tendências do mercado.

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Investir sem um preço-alvo é acreditar apenas na sorte