Reprodução: Ricardo Stuckert

Na manhã desta terça-feira, 19 de novembro, a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação de grande escala para apurar uma suposta tentativa de golpe que teria ocorrido após as eleições de 2022, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi derrotado nas urnas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A ação se concentra em um grupo de militares das Forças Especiais, conhecidos como “kids pretos”, que, de acordo com as investigações da PF, teriam planejado a execução de figuras-chave do governo federal e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Mais detalhes sobre a operação: como tentavam atingir Lula?

A operação foi deflagrada no âmbito de um inquérito em curso que investiga uma série de ações ilícitas supostamente orquestradas entre os meses de novembro e dezembro de 2022.

De acordo com a Polícia Federal, os membros desse grupo militar utilizaram conhecimentos técnico-militares avançados para planejar e coordenar uma série de eventos com o objetivo de desestabilizar a ordem democrática do país.

Entre os alvos do plano, estavam o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A investigação aponta que o grupo teria articulado um plano detalhado para a execução de Lula e Alckmin, além de ações violentas contra outros membros das instituições democráticas.

Detalhamento do plano de golpe contra a posse de Lula: Punhal Verde e Amarelo

Segundo informações obtidas pela PF, um dos pontos centrais da operação seria um esquema operacional chamado de “Punhal Verde e Amarelo”, que incluía ações concretas para o dia 15 de dezembro de 2022.

O plano detalhado envolvia a execução de candidatos eleitos à Presidência (Luiz Inácio Lula da Silva) e Vice-Presidência da República (Geraldo Alckmin), além de um ataque ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A operação visava também a prisão e execução de um ministro do STF, que já era monitorado de forma contínua.

A PF detalhou que o grupo envolvido possuía um planejamento operacional minucioso, inclusive a utilização de recursos bélicos avançados e técnicas militares específicas para a execução de suas ações.

O planejamento previu a formação de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, um comitê que seria formado pelos próprios membros do grupo para gerir os conflitos institucionais que surgiriam a partir das operações, caso o golpe fosse bem-sucedido.

Mandados de prisão e apreensão: detalhes da execução da operação

Em cumprimento às ordens expedidas pela Justiça Federal, a Polícia Federal (PF) realizou a execução de uma série de mandados judiciais em diferentes estados do Brasil.

Foram expedidos cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e quinze medidas cautelares.

Essas medidas incluem a suspensão de contato entre os investigados, a entrega de passaportes em um prazo de vinte e quatro horas e a suspensão do exercício de funções públicas de algumas pessoas envolvidas no esquema.

A execução da operação contou com um dispositivo estratégico que evitou a vigilância do Exército Brasileiro, e as ações foram realizadas nos estados do Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e no Distrito Federal.

A Polícia Federal destaca que o cumprimento das ordens visava interromper a continuidade das ações ilícitas e garantir a segurança das instituições democráticas.

Os fatos investigados pela Polícia Federal, até o momento, configuram uma série de crimes graves, conforme indicam os elementos de prova recolhidos na operação.

Entre os crimes apurados estão a aboluição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Publicidade

Investir sem um preço-alvo é acreditar apenas na sorte